Jesus em Família

23 de Agosto de 2016

 

 

Mais uma vez a Igreja do Brasil celebrou a Semana da Família. Nesta oportunidade, agradecemos ao Pai, rico em misericórdia, pelo dom maravilhoso de nossas famílias. O Ano Santo da Misericórdia ofereceu a ocasião de refletir o significado do amor de Deus experimentado na vida e convivência familiar. 

 

Também Jesus, o verbo da misericórdia do Pai feito homem, foi acolhido na vida, cresceu, se desenvolveu, educou-se na sua convivência em família. O Evangelista Mateus apresenta José de Nazaré como um homem justo, obediente à vontade de Deus, silencioso, homem de profunda intimidade orante com Deus e capaz de todos os sacrifícios por sua família. Menino, ainda, no colo e em seus primeiros passos na vida, foi no rosto de José de Nazaré que Jesus viu manifestado a ele o quão era grande e belo o amor de Deus-Pai. O Evangelista Lucas, tece-nos o rosto profético de Maria Nazaré. Mãe tão linda e santa que foi capaz de dizer sim a todo o projeto de Deus sem colocar questões e sem jamais sentir medo. Herdeira da coragem e prestezas de todas as mães de Israel, ela de forma perfeita e total inaugurou em sua fidelidade e dedicação o seguimento a Jesus, seu filho e nosso salvador. Por 30 anos, na convivência com José e Maria, com Zacarias e Isabel, com Joaquim e Ana, e muitos outros familiares, Jesus se fez solidário a humanidade, mostrando plenamente a misericórdia do Pai. 

 

Um dia, já adulto e morando em Cafarnaum, Jesus estendeu sua família sendo acolhido por Pedro, na casa de sua sogra. A família de Cafarnaum abria-se a todos os que esperavam a vinda do Messias. Longo foi acrescida por André, João, Tiago, Zebedeu, Mateus, Madalena, Joana, Susana e muitos outros discípulos. Nesta convivência familiar e humildade em seus caminhos pela Galileia, Jesus inaugurava a nossa família que chamamos de Igreja. Ele mesmo nos disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,49-50).

 

No dia final de sua vida entre nós, antes de início definitivo do Reino de Deus por sua Ressurreição, ao pé da cruz, também ali, Jesus reuniu sua família. De sua cruz, ele disse à sua mãe, apontado para todos nós, “estes são os teus filhos”. Depois, Jesus olhou para cada um de nós, seus discípulos amados, e nos disse: “está aí a sua mãe”. Desde então, a Igreja é o lugar em que convivemos com a mãe do Senhor e nossa mãe. Desta experiência de fé e comunhão aprendemos sem cessar a misericórdia do Pai.  


CNBB, 22 de agosto de 2016.

 

*Dom Gil Antônio Moreira é arcebispo de Juiz de Fora.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: http://www.domtotal.com

 

 

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