A Espiritualidade das Sete Dores de Maria. Por Sivaldo Cherqui

16 de Setembro de 2016

 

Hoje, lembrar as dores de Nossa Senhora significa colocar-se à disposição de amar a Jesus. Pois, acompanhando em meditação a Virgem Maria em suas dores, nos colocamos no lugar dela, pensamos como deve ter sido dolorida ser mãe, ter apenas um filho e vê-lo morrer de maneira tão cruel. Seguir Maria em suas dores é aprender a amar a Jesus como amigo, homem, filho, Senhor e Deus. Nossa Senhora das Dores é também conhecida como Nossa Senhora da Piedade ou, ainda, a Mãe Dolorosa.

 

A Igreja também celebra no dia 15 de setembro a Festa de Nossa Senhora das Dores. Porém, é costume nas procissões da Sexta-Feira Santa fazer acompanhar a imagem do Senhor Morto, pela imagem de Nossa Senhora das Dores, relembrando aquele encontro cheio de dor e compaixão – por isso também o título de Senhora das Dores se faz lembrar nesta época em que se celebra a Paixão e Morte de Jesus. As dores de Nossa Senhora, que relembramos, de acordo com a Tradição e os Evangelhos, somando num total de sete.

 

Claro que Jesus e Maria, passaram por muitos sofrimentos, mas foram escolhidos sete momentos da vida de Maria, que aparecem nos Evangelhos e cremos terem acontecido a partir do que nos conta a Bíblia. Vejamos: I) A Profecia de Simeão - Uma espada de dor transpassará a tua alma. (Lc, 2,35). Dolorosa, aguda espada Transpassou-me o coração Quando a morte do meu Filho Me predisse Simeão. II) A Fuga para o Egito - Fugindo do furor de Herodes. Então José tomou a criança e sua mãe e fugiu de noite para o Egito. (Mt, 2,14).

 

Junto ao Filho para o Egito Eu fugi, com dor Atroz Quando Herodes O buscava Para dá-lo ao vil algoz. III) A perda do Menino Jesus no Templo - Filho, por que fizeste assim conosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição. (Lc, 2,48). Quem dirá meu sentimento, Desolada me encontrei Vendo o Filho perdido Por três dias O busquei. IV) O encontro com Jesus no caminho do calvário - Os soldados levaram Jesus. Uma grande multidão o seguia. Entre o povo havia mulheres que choravam e se lamentavam por causa dele. (Lc, 23,27).

 

Que martírio na minh'alma Encontrando o meu Jesus No caminho do Calvário Arquejando sob a Cruz. V) A morte de Jesus na Cruz - Perto da cruz estavam a Mãe de Jesus e a irmã dela, mulher de Cléofas e também Maria Madalena. E Jesus disse a sua mãe: Ai está o vosso filho. E a João ele disse: Ai está tua mãe. (Jo 19,25-27). Mas, ó céus, ó terra, vede: Dor maior não pode haver Vendo a morte do meu Filho Foi milagre eu não morrer! VI) A lançada no coração de Jesus e a descida da Cruz - José, da cidade de Arimatéia, tirou o corpo de Jesus da cruz e o enrolou num lençol de linho, Maria o recebeu em seus braços. (Lc. 23,53).

 

Contemplai meu sofrimento, Minha angústia ao pé da Cruz: Pela lança transpassado Vi meu Filho, o meu Jesus VII) O sepultamento de Jesus e a soledade de Nossa Senhora - As mulheres que haviam seguido Jesus, desde a Galiléia, foram com José e viram o túmulo e como Jesus tinha sido colocado ali. (Lc. 23,55). Oh! Que dor mais cruciante, Que suprema solidão, Ao levarem-no ao sepulcro, Invadiu-me o coração.

 

 

Fonte: Padre Sivaldo Cherqui -Paróquia São João Batista de Jaru

 

 

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