Dia Mundial do Meio Ambiente: “Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra”

06 de Junho de 2017

 

Papa Francisco na Carta Encíclica Laudato Si nos convoca para que cuidemos de “Nossa Casa Comum”, a “Irmã e Mãe Terra”. Diz Ele:

 

Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. (Nº 02)

gesto concreto casa comum

 

– Maria e o cuidado da nossa Casa Comum
– A “Casa Comum” e o saneamento básico
– Casa Comum, Nossa Responsabilidade

 

A Carta Encíclica “LAUDATO SI” – Louvado Seja – foi inspirada em São Francisco de Assis. Afirma Papa Francisco:

 

Não quero prosseguir esta encíclica sem invocar um modelo belo e motivador. Tomei o seu nome por guia e inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma. Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua dedicação generosa, o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo. Nele se nota até que ponto são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a paz interior. (Nº 10)

 

Papa Francisco é firme em sua exortação e lembra-nos que “Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra” (cf. Gn 2, 7). “O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos”. (Nº 02) Evidente que há muitas pessoas que não se esqueceram disso e amam, preservam e cuidam da Terra e de todas as Criaturas de Deus. O Papa sabe disso e afirma acreditar que “A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum”. (Nº 13) Papa Francisco afirma gratidão às pessoas que cuidam da “Casa Comum”:

 

Desejo agradecer, encorajar e manifestar apreço a quantos, nos mais variados sectores da atividade humana, estão a trabalhar para garantir a proteção da casa que partilhamos. Uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo. (Nº 13)

 

Papa Francisco nos impulsiona a repensar nosso comportamento. Cada um precisa dar resposta e encontrar grandes ou pequenas soluções para declarar amor ao planeta e agradar a Deus-Criador que não desiste de nós, Criaturas. Ele afirma:

 

O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado. (Nº 13)

 

A Carta Encíclica Laudato Si está dividida em seis Capítulos. Papa Francisco nos apresenta em cada um, pontos de urgências sobre os graves maus tratos ao Planeta, que é autodestruição de nós mesmos. Temos sido como São Francisco? Optamos pela simplicidade e pela harmonia com Deus, com os irmãos, com a natureza e conosco mesmos? Vamos nos interrogar a partir de cada capítulo da Carta-Encíclica:

 

Saiba Mais


Laudato si, a segunda encíclica do Papa Francisco tem como tema central a ecologia
Sempre há Uma Saída: A Carta Encíclica de Francisco

 

O que está a acontecer à nossa casa (Nº 17 – Nº 61)


-Somos exemplo de preservação, responsabilidade e cuidado com a Casa Comum?
– Colaboramos na coleta seletiva do lixo?
– A água é um bem “precioso e casto” encontrando alternativas para não esbanjá-la?
– Como é nossa relação com as árvores, as plantas, os animais, a biodiversidade?
– Os rios, o que estamos fazendo para que não se tornem depósitos de lixos?
– Buscamos alternativas de reciclagem para as garrafas pet, óleos usados, pneus, peças eletrônicas e outras coisas que não achamos mais necessárias?

 

O evangelho da Criação (Nº 62 – Nº 100)

 
– Nossa fé nos faz ser diferentes propulsionando a defesa radical da vida?
– Compreendemos que a Fé pode e deve iluminar a ciência, a arte, a cultura, a educação para que em unidade construam uma ecologia que nos permita reparar tudo o que temos destruído?
– Compreendemos que toda a natureza, além de manifestar Deus, é lugar da sua presença?

A raiz humana da crise ecológica (Nº 101 – Nº 136)
– Temos consciência de que nossas ações cotidianas, por mais simples que sejam, podem colaborar com a destruição da Criação?
– Nosso estilo de vida está em sintonia com o Projeto do Criador ou estamos sendo Criaturas desordenadas?
– Temos nos empenhado para educar para a cultura da preservação?

 

Uma ecologia integral (Nº 137 – Nº 162)

 
– Preservamos a dignidade da vida humana?
– Cuidamos para que nossa convivência não cause lesão à solidariedade, à amizade cívica?
– Nosso comportamento nos grupos sociais tem sido de exemplo de preservação da vida de todas as Criaturas?
– Os pobres têm sido nossa prioridade?
– Temos lutado para que as Políticas Públicas sejam políticas de igualdade social?

Algumas linhas de orientação e ação (Nº 163 – Nº 201)
– Quais ações e estratégias pensar e praticar, para que nossa existência não seja de destruição de “nossa Casa Comum”?
– Estamos empenhados na prática da reciclagem, do reaproveitamento, do controle do consumo desnecessário?
– O que temos para aprender com São Francisco de Assis?

O diálogo sobre o meio ambiente na política internacional (Nº 202 – Nº 245)
– Como nos libertar do estilo de vida consumista que nos afasta da essência humana?
– Estamos conscientes de que o consumismo desenfreado é um dos geradores dos mecanismos de destruição do planeta?
– Testemunhamos a alegria da esperança que pode nos levar à reconstrução da nossa casa comum assim como diz-nos o Senhor: «Eis que renovo todas as coisas» (Ap. 21, 5)!?

 

Prof. Joana Darc Venâncio, coordenadora da Pastoral da Educação da Diocese de Itaguai, Rio de Janeiro.

 

Matéria publicada no portal a12.com

  

 

 

Fonte: http://www.cnbb.org.br/

 

 

Netmidia - Soluções Digitais©2014 - Todos os direitos Reservados a Diocese de Ji-Paraná
Fone: (69) 3416-4203 / 3416-4204
Av. Marechal Rondon, 400 - Centro - Ji-Paraná / RO - CEP: 76900-036
E-mail: [email protected]