Livro: “Parteiras de um povo”

02 de Fevereiro de 2018

 

Foi lançado na última sexta-feira, 26, em Brasília (DF), o livro que narra a presença da Fraternidade Irmãzinhas de Jesus junto ao povo Apyãwa-Tapirapé, habitante da região da serra do Urubu Branco, no Mato Grosso. A vida e profetismo de Genoveva Helena, Odila de Jesus e suas irmãs da fraternidade é contado na obra escrita por Eliane Remy e foi batizada como “Parteiras de um Povo – 65 anos de presença das Irmãzinhas de Jesus ao povo Apyãwa-Tapirapé”. Participaram do lançamento do livro, além da irmã Odila de Jesus, que trabalhou com o povo Tapirapé por 36 anos, integrantes do Conselho Indigenista Missionário e lideranças religiosas.

 

O texto foi traduzido por Antônio Canuto, membro fundador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e conta com relatos originais de Pedro Casaldáliga, Leonardo Boff, Elizabeth Amarante, Luiz Gouvêa de Paula, Eunice Dias de Paula, Gilberto Vieira, Eulália Ferreira, entre outros. “Mais do que um tributo de Genoveva, o que este grupo quer com esta tradução é dar a conhecer o que a Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus significou para a Igreja do Brasil, de modo particular para a pastoral indigenista e, sobretudo, para o povo Tapirapé”, escreve Antônio Canuto na apresentação.

 

Capa do livro “Parteiras de um povo”

 

História – Quando a fraternidade chegou no Estado do Mato Grosso, em 1952, os “Apyãwa-Tapirapé” se encontravam em vias de extinção, eram cerca de 50 indivíduos. Ao fundarem a Fraternidade Tapirapé, as religiosas desejavam unicamente viver com o povo, em presença discreta. Contudo, marcaram a história da vida da Igreja com o trabalho junto aos povos indígenas, que hoje estão organizados em oito aldeias com aproximadamente mil indígenas.

 

“Nosso jeito de viver o Evangelho é entrar na vida do povo e viver como o povo vive. Evangelizamos com o testemu­nho de vida. Primeiro foi conhecer os Tapirapé, respeitar o seu jeito de ser, não julgar nada. Não sabíamos o que podíamos fazer e o que não podíamos fazer, por isso nos­so jeito era aprender, aprender, ouvir e respeitar”, afirma Veva, que conviveu com o povo Tapirapé.

 

O Povo Tapirapé


O quase extermínio dos Tapirapé se dá a partir de 1909, quando a população de aproximadamente 2000 índios foi exposta às doenças trazidas pelos não-índios. Epidemias de gripe, varíola e febre amarela acabaram com duas aldeias. Outro agravante da diminuição e dispersão dos Tapirapé foram as disputas existentes com os Kayapó, que viviam na mesma região. Em 1935, já estavam reduzidos a 130 pessoas e, em 1947, estavam com apenas 59.  Foi nesse ano que ocorreu o grande ataque Kayapó. Aproveitando a ausência dos homens que haviam saído para a caça, a aldeia Tampiitãwa foi praticamente destruída e várias mulheres e meninas raptadas. Com a chegada da Fraternidade, em 1952, a situação começou a ser controlada.


O livro está à venda e pode ser adquirido no endereço físico do Conselho Indigenista Missionário ou ainda pelo telefone (61) 2106-1662.

 

Com informações do Cimi

  

 

 

Fonte: http://cnbb.net.br

 

 

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