Liturgia Diária

Dia 5 de Junho - Segunda-feira SÃO BONIFÁCIO BISPO E MÁRTIR (Vermelho, Prefácio Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória)

05 de Junho de 2017

 

Leitura (Tobias 1,3;2,1-8)

 

Leitura do livro de Tobias.
1 3Tudo aquilo, de que podia dispor, distribuía cada dia a seus irmãos de raça, que partilhavam com ele sua sorte de cativo.
1 Algum tempo depois, num dia de festa religiosa, foi preparado um grande banquete na casa de Tobit.
2 Ele disse então ao seu filho: Vai buscar alguns homens piedosos de nossa tribo, para comerem conosco.
3 Ele saiu, mas logo voltou, anunciando ao pai que um dos filhos de Israel jazia degolado na praça. Tobit levantou-se imediatamente da mesa, sem nada haver comido, e foi aonde estava o cadáver.
4 Tomou-o e levou-o clandestinamente para a sua casa, a fim de sepultá-lo com cuidado depois do sol posto.
5 Tendo escondido o cadáver, começou a comer com pranto e tremor,
6 lembrando-se do oráculo que o Senhor tinha pronunciado pela boca do profeta Amós: Vossas festas mudar-se-ão em luto e lamentações (Am 8,10).
7 Quando o sol se pôs, ele foi e o sepultou.
8 Seus vizinhos criticavam-no unanimemente. Já uma vez ordenaram que te matassem, precisamente por isso, e mal escapaste dessa sentença de morte, recomeças a enterrar os cadáveres!
Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial 111/112

 

Feliz aquele que respeita o Senhor! 

Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!

Haverá glória e riqueza em sua casa,
e permanece para sempre o bem que fez.
Ele é correto, generoso e compassivo,
como luz brilha nas trevas para os justos.

Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!

 

Evangelho (Marcos 12,1-12)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, a fiel testemunha, primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou, em seu sangue derramado (Ap 1,5).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 12 1 E Jesus começou a falar-lhes em parábolas. “Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a vinhateiros e ausentou-se daquela terra.
2 A seu tempo enviou aos vinhateiros um servo, para receber deles uma parte do produto da vinha.
3 Ora, eles prenderam-no, feriram-no e reenviaram-no de mãos vazias.
4 Enviou-lhes de novo outro servo; também este feriram na cabeça e o cobriram de afrontas.
5 O senhor enviou-lhes ainda um terceiro, mas o mataram. E enviou outros mais, dos quais feriram uns e mataram outros.
6 Restava-lhe ainda seu filho único, a quem muito amava. Enviou-o também por último a ir ter com eles, dizendo: ‘Terão respeito a meu filho!’
7 Os vinhateiros, porém, disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro! Vinde, matemo-lo e será nossa a herança!’
8 Agarrando-o, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.
9 Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e exterminará os vinhateiros e dará a vinha a outro.
10 Nunca lestes estas palavras da Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular.
11 Isto é obra do Senhor, e ela é admirável aos nossos olhos?’”
12 Procuravam prendê-lo, mas temiam o povo; porque tinham entendido que a respeito deles dissera esta parábola. E deixando-o, retiraram-se.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

 

A INFINITA PACIÊNCIA DE DEUS


            A parábola dos vinhateiros homicidas deixa patente a infinita misericórdia de Deus para com a humanidade pecadora. Por isso, o texto evangélico é tecido de situações inverossímeis que dificilmente se encontram no âmbito das ações humanas. A lição nele contida é clara: quando se trata de salvar, Deus não mede esforços; a condenação só acontece no final de um longo processo de paciente tentativa de levar as pessoas à reconciliação.

            É inexplicável que o proprietário, depois de plantar sua vinha com tanto cuidado, não tenha jamais retornado para vê-la, contentando-se em enviar seus servos, após vários anos, para receber a parte da colheita que lhe cabia. Não se concebe por que o proprietário tenha continuado a mandar "muitos outros", embora sabendo que os primeiros tinham sido tratados duramente.

A hostilidade dos arrendatários era evidente, e se radicalizava sempre mais: pegaram o primeiro enviado, espancaram-no e o mandaram embora sem nada; o segundo foi ferido na cabeça e coberto de injúrias, e o terceiro, assassinado. Daí para frente, os enviados eram espancados ou mortos.

Por que o proprietário não pôs um basta nesta covardia, logo no princípio? Por que teve a coragem de enviar seu filho e herdeiro, sabendo da fúria dos arrendatários? Seu comportamento foi paradoxal. No seu afã de conduzir a humanidade aos caminhos da salvação, Deus se serve dos expedientes mais inesperados. Importa sermos capazes de percebê-los e acolhê-los com amor.

 


 

Oração

Pai, porque és misericordioso, nunca te cansas de querer levar a mim e a toda a humanidade para junto de ti. Que eu perceba e acolha a manifestação deste teu imenso amor.

 


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 

Santo do Dia / Comemoração (SÃO BONIFÁCIO)

Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig.

 

Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes.

 

Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano. Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões.

 

Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé.

 

Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.

 

Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda. No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma.

 

Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada. Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho.

 

 

São Bonifácio é venerado como o "Apóstolo da Alemanha". Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.

 

 

Fonte: www.domtotal.com

 

 

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