Dia 19 de Junho - Segunda-feira XI SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia)
19 de Junho de 2017
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios.
6 1 Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão.
2 Pois ele diz: “Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação”. Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.
3 A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja criticado.
4 Mas em todas as coisas nos apresentamos como ministros de Deus, por uma grande constância nas tribulações, nas misérias, nas angústias,
5 nos açoites, nos cárceres, nos tumultos populares, nos trabalhos, nas vigílias, nas privações;
6 pela pureza, pela ciência, pela longanimidade, pela bondade, pelo Espírito Santo, por uma caridade sincera,
7 pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas da justiça ofensivas e defensivas,
8 através da honra e da desonra, da boa e da má fama.
9 Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte.
10 Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos!
Palavra do Senhor.
O Senhor fez conhecer a salvação.
Cantai ao Senhor Seus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
UM TREMENDO DESAFIO
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Santo do Dia / Comemoração (SÃO ROMUALDO)
Romualdo era descendente dos duques de Orseoli e nasceu em Ravena, na Itália, no ano de 956. Sua família não tinha vínculo algum com a religião e por isso o rapaz teve uma vida de prazeres e diversões irresponsáveis até os vinte anos. De repente, ao atingir essa idade, tomou conhecimento de como é fácil desperdiçar uma vida por valores sem sentido. Tudo aconteceu por causa de uma luta mortal. Sérgio, o pai de Romualdo, travou um duelo com seu melhor amigo e obrigou o filho a assisti-lo.
A cena de sangue, da qual seu pai saiu como vencedor e assassino, chocou Romualdo e o fez recolher-se a um convento. Depois de passar algum tempo na França, em contato com a espiritualidade da Abadia de Cluny, retornou à Itália. Repensou a existência e decidindo-se pela vida monástica, ingressou na Ordem de São Bento. Em pouco tempo, tornou-se um exemplo para todos, mas isso lhe atraiu algumas inimizades. Tanta era sua disciplina, tamanha era sua dedicação, que passou a sofrer oposição de seus irmãos de ordem. Deixou o convento, indo viver na companhia de Marinho, um eremita famoso.
Aperfeiçoou-se tanto no trabalho espiritual que atraiu vários amigos para a vida religiosa. Até o próprio pai acabou se convertendo por causa dele, abandonando tudo para viver na reclusão de um mosteiro. Mais tarde, seu pai também foi canonizado, sendo celebrado como são Severo. Romualdo fundou vários conventos, sendo o mais famoso deles o de Campo Maldoli, na Toscana, que acabou dando origem à Ordem dos Camaldulenses, criada por ele. Mas sua grande obra foi a reforma da disciplina monástica, que fez os conventos recuperarem os verdadeiros valores cristãos em sua época.
Introduziu uma nova característica na vida dos monges, que além da vida contemplativa consistia na participação ativa dos problemas do seu tempo, como as missões na Boêmia e na Polônia, as peregrinações à Terra Santa, a reforma do clero e muitos outros pontos vitais para a Igreja. Em suas peregrinações espirituais, reformou mosteiros e fundou outros novos em Verghereto, em Lemmo, Roma, Fontebuana, Vallombrosa e em Val de Castro, perto de Fabiano.
Romualdo, pressentindo sua morte, despediu-se dos monges e quis morrer sozinho, o que aconteceu no dia 19 de junho de 1027 no Convento de Val de Castro. Seu túmulo foi local de muitos prodígios e, quando seu corpo foi exumado, cinco anos depois, foi encontrado incorrupto. Venerado pelos devotos, em 1569 o papa Clemente VIII canonizou-o e indicou o dia do seu trânsito para a festa de São Romualdo, o "pai dos monges camaldulenses".
Fonte: http://www.domtotal.com