Liturgia Diária

IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

08 de Dezembro de 2018

 

Antífona de Entrada

Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas jóias (Is 61,10).

 

Oração do dia

Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso filho pela imaculada conceição da virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua materna intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura (Gênesis 3,9-15.20)

Leitura do livro do Gênesis.

Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe: “Onde estás?”
10 E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.”
11 O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu? Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?”
12 O homem respondeu: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi.”
13 O Senhor Deus disse à mulher: Porque fizeste isso?” “A serpente enganou-me,– respondeu ela – e eu comi.”
14 Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais e feras dos campos; andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua vida.
15 Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.”
20 Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes.
Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial 97/98

 

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!

 

Leitura (Efésios 1,3-6.11-12)

 

Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.

Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo,
4 e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos.
No seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua livre vontade,
para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça, que nos foi concedida por ele no Bem-amado.
11 Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade,
12 para servirmos à celebração de sua glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo.

Palavra do Senhor.

 

Evangelho (Lucas 1,26-38)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo! (Lc 1,28)
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA

            A saudação do anjo Gabriel surpreendeu Maria. Quem era ela senão uma humilde habitante de Nazaré, cidade sem importância das montanhas da Galiléia? Mulher sem maiores pretensões do que a de ser fiel a Deus; uma virgem já prometida em casamento a José, mas sem viver conjugalmente com ele, conforme as tradições de seu povo? Afinal, que méritos tinha para ser uma “agraciada”, “plena da graça” divina?
            Maria estava longe de compreender o projeto de Deus a seu respeito. Sua humildade de mulher simples do interior não lhe permitia pensar grandes coisas a respeito de si mesma. Quiçá tenha sido este o motivo por que fora escolhida por Deus para ser mãe do Messias. Livre de toda forma de orgulho e autosuficiência, Maria podia abrir seu coração para receber a graça de Deus que haveria de torná-la templo do Espírito Santo. Ela tornou-se objeto da atenção divina, no seu anseio de salvar a humanidade. Deus queria contar com alguma pessoa disposta a se tornar “escrava do Senhor”, e permitir que a vontade divina acontecesse em sua vida, sem objeções. Foi para Maria que se voltaram os olhares de Deus!
            Tudo quanto o anjo comunicara a Maria era grande demais para o seu entendimento, e superava sua capacidade de pô-lo em prática. Abriu-se para ela uma perspectiva nova, ao lhe ser prometida a assistência do Espírito Santo. Este seria a força que lhe permitiria levar a bom termo a missão divina que lhe fora comunicada pelo anjo.


Oração
Pai, plenifica-me com tua graça, como fizeste com Maria, de forma que eu possa ser fiel como ela ao teu desígnio de salvação para a humanidade.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
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Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, o sacrifício da salvação que vos oferecemos na festa da virgem Maria, concedida sem o pecado original; e, ao proclamarmos que a vossa graça a preservou de toda culpa, livrai-nos, por sua intercessão, de todo pecado. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Prefácio

(Maria e a Igreja) Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo- poderoso. A fim de preparar para o vosso Filho mãe que fosse digna dele, preservastes a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a com a plenitude de vossa graça. Nela nos destes a primícias da Igreja, esposa de Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente de beleza. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha, que tira nossos pecados. Escolhida entre todas as mulheres, modelo de santidade e advogada nossa, ela intervém constantemente em favor de vosso povo. Unidos à multidão dos anjos e dos santos, proclamamos a vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz…

 

Antífona da Comunhão

Todas as nações cantam as vossas glórias, ó Maria; por vós nos veio o sol da justiça, Cristo, nosso Deus.

 

Depois da Comunhão

Senhor nossos Deus, que a comunhão na vossa eucaristia cure em nós as feridas do pecado original, do qual Maria foi preservada de modo admirável ao ser concebida sem pecado. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Santo do Dia / Comemoração (IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA)

O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca. A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII. A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade. Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade. Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição". Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada. Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos. Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

 

Fonte: http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php

 

 

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