Em defesa dos povos da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau

“Glória a Deus no mais alto dos céus, e Paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc 2,14).

05 de Fevereiro de 2019

 

 

 

 

 

Foto: Índios da etnia uru-eu-wau-wau fazem reconhecimento da área invadida por grileiros, em Governador Jorge Teixeira (RO) – Gabriel Uchida/Divulgação. 

 

 

 

 

 

 

 

   Sermos “boanovizados” é o nosso chamado na existência. Para isso precisamos de profunda sintonia e intimidade com o Evangelho. Este, anunciado por Jesus que se fez presente em nosso meio para nos libertar do pecado, propõe sermos nós também anunciadores dessa Boa Nova que gera e defende a vida por meio do amor! “Amai ao próximo, como a ti mesmo” diz Marcos no capítulo 12, versículo 31. Ora e quem é o meu próximo, se não todos aqueles que são filhos de Deus? E o que é o amor, se não o fazer bem, defender a vida e cuidar do outro, tal qual o bom samaritano? E os povos indígenas, não são, pois, eles também irmãos e irmãs nossos que precisam ser protegidos e defendidos das ameaças que os cercam pelo coração ganancioso do homem?

 

   Em Rondônia, dia 11 de janeiro do corrente ano, cerca de 40 homens invadiram a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, no município de Governador Jorge Teixeira. O que se verifica é o ataque aos direitos dos indígenas, uma vez que a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau foi homologada ainda no governo de Fernando Collor, em 1991. Os que adentraram na TI, são reconhecidos como grileiros e atacam sem o mínimo de inibição, mesmo com o território devidamente demarcado e homologado. Tal ataque precisa ser denunciado e são necessárias medidas preventivas por parte do Governo a fim de que violências como esta, e outras ainda mais severas, não venham a ocorrer. Ainda, medidas para que os indígenas possam ter seu direito à terra respeitado, para que possam ter paz, paz essa que deve ser gerada por cada pessoa que tem em si a mensagem do Evangelho, uma paz que defende, que denuncia e que garante a vida.

 

    Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho e presidente do Conselho Indigenista Missionário/CIMI, denuncia ações de violência contra as comunidades indígenas no estado de Rondônia e em todo o território brasileiro, mostrando a posição da Igreja, que sofre junto com os povos indígenas, nossos irmãos. A Diocese de Ji-Paraná junta-se ao Dom Roque em orações e em denúncia contra atos de violência aos Povos Indígenas de Rondônia. Confira o texto do arcebispo Dom Roque na íntegra, pelo site: http://www.cnbb.org.br/dom-roque-paloschi-igreja-ve-com-muito-sofrimento-este-momento-triste-do-brasil/

 

Fonte: Cúria Diocesana

 

 

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