SÃO FRANCISCO DE ASSIS (Branco, Prefácio Comum ou dos Santos – Ofício da Memória)
04 de Outubro de 2019
Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.
Ó Deus, que fizestes são Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro de Baruc.
1 15 Eis o que direis: O Senhor, nosso Deus, é justo. Nós, porém, devemos, hoje, corar de vergonha, nós, homens de Judá e habitantes de Jerusalém,
16 nossos reis e príncipes, sacerdotes, profetas e nossos pais,
17 porque pecamos contra o Senhor.
18 Nós lhe desobedecemos; recusamo-nos a ouvir a voz do Senhor, nosso Deus, e a seguir os mandamentos que nos deu.
19 Desde o dia em que o Senhor tirou nossos pais do Egito até agora, persistimos em nos mostrar recalcitrantes contra o Senhor, nosso Deus, e, em nossa leviandade, recusamos escutar-lhe a voz.
20 Por isso, como agora o vemos, persegue-nos a calamidade assim como a maldição que o Senhor pronunciara pela boca de Moisés, seu servo, quando este fez com que saíssem do Egito nossos pais, a fim de nos proporcionar uma terra que mana leite e mel.
21 Contudo, a despeito dos avisos dos profetas que nos enviou, não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus.
22 Seguindo cada um de nós as inclinações perversas do coração, servimos a deuses estranhos e praticamos o mal ante os olhos do Senhor, nosso Deus.
Palavra do Senhor.
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!
Invadiram vossa herança os infiéis,
profanaram, ó Senhor, o vosso templo,
Jerusalém foi reduzida a ruínas!
Lançaram aos abutres como pasto
os cadáveres dos vossos servidores;
e às feras da floresta entregaram
os corpos dos fiéis, vossos eleitos.
Derramaram o seu sangue como água
em torno das muralhas de Sião,
e não houve quem lhes desse sepultura!
Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos,
um objeto de desprezo e zombaria
para os povos e àqueles que nos cercam.
Mas até quando, ó Senhor, veremos isto?
Conservareis eternamente a vossa ira?
Como fogo arderá a vossa cólera?
Não lembreis as nossas culpas do passado,
mas venha logo sobre nós vossa bondade,
pois estamos humilhados em extremo.
Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador!
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
Por vosso nome, perdoai nossos pecados!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, disse Jesus: 10 13 "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido feitos os prodígios que foram realizados em vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, cobrindo-se de saco e cinza.
AI DE TI!
As ameaças dirigidas por Jesus visavam três cidades nas quais ele tinha exercido o seu ministério, e que não estavam na rota das cidades a serem visitadas pelos apóstolos, os quais iriam preparar a sua passagem. Em todo o caso, tais ameaças podem ser perfeitamente aplicadas à cidades que recusariam o convite dos apóstolos.
Corozaim, Betsaida e Cafarnaum foram beneficiadas, de modo particular, com as atividades de Jesus. Mas permaneceram na incredulidade e na impenitência. Isto só fez aumentar sua culpa e, por conseqüência, tornava mais severo o juízo que cairia sobre elas. O pecado das três cidades consistiu em terem sido testemunhas dos milagres operados por Jesus, sem que com isto tivessem sido movidas à penitência e à mudança de vida. A passagem do Mestre não chegou a surtir o mais ínfimo efeito, a ponto a frustrar todas as suas tentativas de levá-las à conversão.
Jesus contrapôs a insensibilidade das cidades judaicas à sensibilidade de Tiro e Sidônia, cidades pagãs. Se tivessem sido testemunhas dos milagres de Jesus, sem dúvida, teriam feito penitência. Se não foram castigadas, é porque não lhes foi dada uma oportunidade de conversão.
Assim, estava sendo lançado, também, um firme alerta contra as cidades da Samaria!
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.
Ao apresentarmos, ó Deus, as nossas oferendas, preparai-nos para celebrar o mistério da cruz, que são Francisco abraçou com tanto amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Bem-aventurado os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino do céu (Mt 5,3).
Ó Deus, pela comunhão na vossa eucaristia, dai-nos imitar o amor de são Francisco e seu zelo apostólico, para que, impregnado da vossa caridade, nos empenhemos na salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.
Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava. Mas mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto. Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época. A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta fé que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo. Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados. Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo. Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro. Assim, nada mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isso que no dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais". Mas poderia ser, mesmo, o Dia da Caridade e de tantos outros atributos. A data de sua morte foi, ao mesmo tempo, a do nascimento de uma nova consciência mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os seres humanos de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza. Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Wenceslau, arquitetaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de batismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Wenceslau retirou-se para a capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja. Mãe e filho, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Wenceslau, pois em poucos dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I. O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então, passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polônia e a Boêmia têm em são Wenceslau seu protetor e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII, a Igreja inscreveu são Wenceslau no calendário litúrgico, marcando o dia 28 de setembro para a sua festa.
Fonte: Texto: Portal Dom Total - Liturgia Diária / Foto: ACIDigital