SÃO JOÃO DA CRUZ PRESBÍTERO E DOUTOR (Branco, Prefácio do Advento I ou dos Pastores – Ofício da memória)

Liturgia Diária

14 de Dezembro de 2021

 

Antífona de Entrada

A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).

 

Oração do dia

Ó Deus, que inspirastes ao presbítero são João da Cruz extraordinário amor pelo Cristo e total desapego de si mesmo, fazei que, imitando sempre o seu exemplo, cheguemos à contemplação da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura (Sofonias 3,1-2.9-13)

Leitura da profecia de Sofonias.
Assim fala ao Senhor: 3 1 "Ai da (cidade) rebelde e abjeta, da cidade tirânica!
2 Ela não ouviu a voz, nem aceitou o aviso; não confiou no Senhor, nem se aproximou do Senhor seu Deus.
9 Então darei aos povos lábios puros, para que invoquem todos o nome do Senhor, e o sirvam num mesmo espírito de zelo.
10 De além dos rios da Etiópia virão os meus adoradores, meus filhos dispersos, trazer-me a sua oferta.
11 Naquele dia, não serás mais confundida por causa de todos os pecados que cometeste contra mim, porque então tirarei do meio de ti teus fanfarrões arrogantes; não te orgulharás mais no meu santo monte.
12 Deixarei subsistir no meio de ti um povo humilde e modesto, que porá sua confiança no nome do Senhor".
13 Os que restarem de Israel se absterão do mal, e não proferirão a mentira; não se achará mais em sua boca língua enganosa, porque serão apascentados e repousarão, sem haver quem os inquiete.
Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial 33/34

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
Seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
Que ouçam os humildes e se alegrem!

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
E o Senhor o libertou de toda angústia.

Mas ele volta a sua face contra os maus,
Para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
E de todas as angústias os liberta.

Do coração atribulado ele está perto
E conforta os de espírito abatido.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
E castigado não será quem nele espera.

 

Evangelho (Mateus 21,28-32)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde, ó Senhor, não tardeis mais; fazei o povo acabar com os seus crimes.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: 21 28 "Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: - 'Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha'.
29 Respondeu ele: - 'Não quero'. Mas, em seguida, tocado de arrependimento, foi.
30 Dirigindo-se depois ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu: - 'Sim, pai!' Mas não foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai?" "O primeiro", responderam-lhe. E Jesus disse-lhes: "Em verdade vos digo: os publicanos e as meretrizes vos precedem no Reino de Deus!
32 João veio a vós no caminho da justiça e não crestes nele. Os publicanos, porém, e as prostitutas creram nele. E vós, vendo isto, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele".
Palavra da Salvação.

 

Sobre as Oferendas

Aceitai, ó Deus onipotente, o sacrifício que vos oferecemos na festa de são João da Cruz e fazei-nos imitar em nossa vida os mistérios da paixão do Senhor que vamos celebrar na eucaristia. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Antífona da Comunhão

Quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me, diz o Senhor (Mt 16,24).

 

Depois da Comunhão

Ó Deus, que fizestes de são João da Cruz um apóstolo do mistério da cruz, dai-nos, fortificados por este sacrifício, permanecer unidos ao Cristo e trabalhar na vossa Igreja pela salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOÃO DA CRUZ)

Seu nome de batismo era Juan de Yepes. Nasceu em Fontivaros, na província de Ávila, Espanha, em 1542, talvez em 24 de junho. Ainda na infância, ficou órfão de pai, Gonzalo de Yepes, descendente de uma família rica e tradicional de Toledo. Mas, devido ao casamento, foi deserdado da herança. A jovem, Catarina Alvarez, sua mãe, era de família humilde, considerada de classe "inferior". Assim, com a morte do marido, que a obrigou a trabalhar, mudou-se para Medina, com os filhos. Naquela cidade, João tentou várias profissões. Foi ajudante num hospital, enquanto estudava gramática à noite num colégio jesuíta. Então, sua espiritualidade aflorou, levando-o a entrar na Ordem Carmelita, aos vinte e um anos. Foi enviado para a Universidade de Salamanca a fim de completar seus estudos de filosofia e teologia. Mesmo dedicando-se totalmente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, prestando serviço como enfermeiro. Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos, mudando o nome. Na época, pensou em procurar uma Ordem mais austera e rígida, por achar a Ordem Carmelita muito branda. Foi então que a futura santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, ela também tinha carta branca dos superiores gerais para fazer o mesmo com conventos masculinos. Tamanho era seu entusiasmo que atraiu o sacerdote João da Cruz para esse trabalho. Ao invés de sair da Ordem, ele passou a trabalhar em sua reforma, recuperando os princípios e a disciplina. João da Cruz encarregou-se de formar os noviços, assumindo o cargo de reitor de uma casa de formação e estudos, reformando, assim, vários conventos. Reformar uma Ordem, porém, é muito mais difícil que fundá-la, e João enfrentou dificuldades e sofrimentos incríveis, para muitos, insuportáveis. Chegou a ser preso por nove meses num convento que se opunha à reforma. Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades com prazer, o que é só compreensível aos santos. Aliás, esse foi o aspecto da personalidade de João da Cruz que mais se evidenciou no fim de sua vida. Conta-se que ele pedia, insistentemente, três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos seres humanos. Para ele, fazia parte de sua religiosidade mística enfrentar os sofrimentos da Paixão de Jesus, pois lhe proporcionava êxtases e visões. Seu misticismo era a inspiração para seus escritos, que foram muitos e o colocam ao lado de santa Tereza de Ávila, outra grande mística do seu tempo. Assim, foi atendido nos três pedidos. Pouco antes de sua morte, João da Cruz teve graves dissabores por causa das incompreensões e calúnias. Foi exonerado de todos os cargos da comunidade, passando os últimos meses na solidão e no abandono. Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, no Convento de Ubeda, Espanha. Deixou como legado sua volumosa obra escrita, de importante valor humanístico e teológico. E sua relevante e incansável participação como reformador da Ordem Carmelita Descalça. Foi canonizado em 1726 e teve sua festa marcada para o dia de sua morte. São João da Cruz foi proclamado doutor da Igreja em 1926, pelo papa Pio XI. Mais tarde, em 1952, foi declarado o padroeiro dos poetas espanhóis.

 

 

 

 

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