SÃO BOAVENTURA - BISPO E DOUTOR (Branco, Prefácio Comum ou dos Pastores – Ofício da Memória)

15 de Julho de 2022

 

Antífona de Entrada

O justo medita a sabedoria e sua palavra ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus (Sl 36,30s).

 

Oração do dia

Concedei-nos, Pai todo-poderoso, que, celebrando a festa de são Boaventura, aproveitemos seus preclaros ensinamentos e imitemos sua ardente caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura (Isaías 38,1-6.21-22.7-8)

Leitura do livro do profeta Isaías.

38 1 Naquele tempo, Ezequias esteve doente, quase à morte. O profeta Isaías, filho de Amós, veio ter com ele e lhe disse: “Eis o que disse o Senhor: põe em ordem a tua casa porque vais morrer, não te restabelecerás”.

2 Então Ezequias voltou-se para a parede e se pôs a orar ao Senhor;

3 “Senhor”, disse ele, “lembrai-vos de que tenho andado diante de vós com lealdade, de todo o coração, segundo a vossa vontade”. E chorava abundantemente.

4 Depois a palavra do Senhor foi dirigida a Isaías nestes termos:

5 “Vai dizer a Ezequias: eis o que diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: ‘Ouvi tua oração e vi tuas lágrimas, prolongarei tua vida por quinze anos,

6 livrar-te-ei, a ti e a esta cidade, das mãos do rei da Assíria. Protegerei esta cidade’”.

21 Isaías disse então: “Que tragam um cataplasma de figos para aplicar sobre a úlcera, e Ezequias sarará”.

22 Ezequias disse: “Que sinal me garantirá que eu tornarei ao templo do Senhor?”

7 “E eis o sinal, da parte do Senhor, para convencer-te de que cumprirá a promessa:

8 farei a sombra recuar os dez graus que o sol já lhe fez descer no relógio solar de Acaz”. E o sol voltou dez graus para trás.

Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial Is 38

 

Vós livrastes minha vida do sepulcro,

a fim de eu não deixar de existir.

 

Eu dizia: “É necessário que eu me vá

no apogeu de minha vida e de meus dias;

para a mansão dos mortos descerei,

sem viver o que me resta dos meus anos”

 

Eu dizia: “Não verei o Senhor Deus

sobre a terra dos viventes nunca mais;

nunca mais verei um homem neste mundo!”

 

Minha morada foi à força arrebatada,

desarmada como a tenda de um pastor.

Qual tecelão, eu ia tecendo a minha vida,

mas agora foi cortada a sua trama.

 

Ó Senhor, meu coração em vós espera;

por vós há de viver o meu espírito,

Curai-me e conservai a minha vida.

 

Evangelho (Mateus 12,1-8)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27)

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, 12 1 atravessava Jesus os campos de trigo num dia de sábado. Seus discípulos, tendo fome, começaram a arrancar as espigas para comê-las.

2 Vendo isto, os fariseus disseram-lhe: “Eis que teus discípulos fazem o que é proibido no dia de sábado”.

3 Jesus respondeu-lhes: “Não lestes o que fez Davi num dia em que teve fome, ele e seus companheiros,

4 como entrou na casa de Deus e comeu os pães da proposição? Ora, nem a ele nem àqueles que o acompanhavam era permitido comer esses pães reservados só aos sacerdotes.

5 Não lestes na lei que, nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem no templo o descanso do sábado e não se tornam culpados?

6 Ora, eu vos declaro que aqui está quem é maior que o templo.

7 Se compreendêsseis o sentido destas palavras: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’... não condenaríeis os inocentes.

8 Porque o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

Palavra da Salvação.

 

Sobre as Oferendas

Seja do vosso agrado, ó Pai, este sacrifício, celebrado na festa de são Boaventura, e, seguindo seu exemplo, seja plena a nossa dedicação ao vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Antífona da Comunhão

Eis o servo fiel e prudente a quem o Senhor confiou sua casa, para dar a todos o pão de cada dia (Lc 12,42).

 

Depois da Comunhão

Ó Pai, instruí pelo Cristo mestre aos que saciastes com o Cristo que é pão da vida, para que, na festa de são Boaventura, possamos aprender a verdade e vivê-la com amor. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Santo do Dia / Comemoração (SÃO BOAVENTURA)

 

Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.

 

Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.

 

Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.

 

Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico.

 

Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.

 

Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon, em 1273.

 

Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem.

 

Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.

 

 

 

 

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