"A Origem do Mal"

06 de Junho de 2015

 

Reiniciamos, no ano litúrgico, os domingos do tempo comum.

 

A Liturgia, através das leituras bíblicas, vai nos introduzindo nos Mistérios de Deus e iluminando a realidade humana.

 

No Mundo em que vivemos, existem muitos males.

 

Nasce espontânea a pergunta: "Qual é a sua origem?"

 

Na busca de um responsável, somos levados a ACUSAR alguém como culpado.

 

A Bíblia tem uma resposta clara: a origem e a causa dessa situação é o pecado.

 

O homem rompeu a sua relação amorosa com Deus e surgiu uma mudança essencial em sua vida.

 

Pretendeu libertar-se de Deus e tornou-se escravo de suas paixões e egoísmos.

 

A1ª Leitura fala do primeiro Pecado no mundo, com Adão e Eva.  (Gn 3,9-15))

 

Esses capítulos da Bíblia não querem mostrar como aconteceu no início... mas sim levar a refletir sobre o caos social em que viviam os homens no tempo em que o autor sagrado escreveu.

 

Deus fez todas as coisas perfeitas. Por isso, esse mundo conturbado não poderia ser o que Deus queria... Então como deveria ter sido?

 

- Qual é a causa e a origem de tudo isso?

 

A "serpente" seduziu e continua seduzindo o homem parase apropriar dos frutos proibidos...

 

Consequência:surge a desarmonia na natureza, com os homens, com Deus...

 

- O HOMEM não se encontra mais no lugar que lhe foi designado na Criação.

 

  "Onde estás?" - Teve medo e se escondeu...

 

- Adão acusa Eva, Eva acusa a serpente...

 

- Sente-se "Nu", despojado a dignidade com que foi criado...

 

- Abala a ordem da natureza:

 

  Perde a fertilidade e produz espinhos e ervas daninhas...

 

- Mas a narrativa termina com uma Mensagem de Esperança: a luta entre a "serpente" e o homem continuará até o fim dos tempos.

 

Mas a descendência da mulher conquistará a vitória final, esmagará a cabeça da "serpente".

 

*O PECADOé a origem do mal: rompeu a harmonia da criação de Deus.

 

   Para o autor sagrado, o PARAÍSO TERRESTRE é Saudades ou Esperança?

 

Na 2ª Leitura, Paulo manifesta seu interesse pela Comunidade de Corinto e expõe os motivos pelos quais sofre com paciência:

a esperança da ressurreição gloriosa e a fé no prêmio que espera. (2 Cor 4,13-5,1)

 

No Evangelho, Jesus aponta o caminho para lutar contra o mal: Convida aos que formam a "sua família", como Maria, a fazer sempre a vontade de Deus.(Mc 3, 20-35)

 

Os familiares de Jesus chegam e, de fora, mandam chamá-lo.

 

Não entram; ele que deve sair: querem levá-lo de volta a Nazaré.

 

Estão preocupados... julgam que ele "está fora de si".

 

E Jesus: "Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?"


A Verdadeira família de Jesus, a partir de agora, é formada pelos que estão ao redor dele e fazem a vontade de Deus.

 

Os doutores da lei pretendem desprestigiar o Mestre diante do Povo e o acusam de endemoniado.Jesus contesta com duas imagens:

o reino dividido e uma família dividida: não se mantém de pé.

 

A Nova família de Jesus.


A verdadeira família de Jesus, a partir de agora, é formada pelos que estão ao redor dele, numa atitude de companheiros na ação libertadora, e que fazem a vontade de Deus.

 

A relação mais intima com Jesus não se faz através do parentesco de sangue, mas na sintonia com sua prática libertadora.

 

Só quem passa do estar fora para o estar dentro, com Jesus, é que será considerado irmão, irmão e mãe de Jesus.

 

* Maria era "Mãe" duplamente: porque gerou a Jesus e porque mais do que ninguém soube fazer sempre a vontade de Deus.

 

O pecado nasce e é fruto do orgulho.


- Adão acusa Eva... Eva acusa a serpente...

 

- Os judeus não aceitaram o desfio da conversão: e acusaram o Cristo como um endemoniado...

 

- E nós?  Procuramos sempre uma desculpa...

 

Reconhecer o próprio erro, por escabroso que seja, é sempre mais dignificante e libertador do que repassá-lo injustamente a outros.

 

Quem acusa está querendo se esconder atrás da acusação.

 

Quanto esposo acusando a esposa e vice-versa.

 

Quantos filhos acusando os pais e vice-versa.

 

Quantos adultos acusando os jovens e quantos jovens acusando os adultos.

 

Ouvimos toda hora parente contra parente, vizinho contra vizinho, patrão contra empregado e empregado contra patrão.

 

Há acusações necessárias e justas.

 

Há acusações que devem ser feitas e que não merecem punição.

 

Mas, muitas vezes, a pessoa que acusa está se defendendo.

 

Está escondendo algo de errado em si mesmo.

 

A acusação nunca leva a nada e acaba com o dialogo entre as pessoas.

 

Há uma necessidade de busca de diálogo e não de acusação.

 

Quando na sociedade for instaurado o diálogo, acabarão as acusações.

 

Ninguém mais estará escondendo sua covardia com a acusação.

 

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa- 07.06.2015

 

Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/

 

 

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