Papa: "As diferenças fazem crescer os filhos"

16 de Junho de 2015

 

Cidade do Vaticano, 15 jun ([email protected]/Vatican Insider) - “Roma necessita de um renascimento moral e espiritual” e esta é uma “tarefa forte, sobretudo, em relação às novas gerações”, afirmou Papa Francisco aos mais de 25 mil fiéis que participaram no final da tarde deste domingo da abertura do encontro eclesial da Diocese de Roma. “Os pais e as famílias devem reagir às ‘colonizações ideológicas’ que envenenam a alma”. E depois a piadinha: “As previsões marcavam chuva hoje me Roma, mas temos uma chuva de famílias, aqui, na praça de São Pedro”. E depois, “as diferenças fazem crescer. Isto devemos lembrar sempre. Aos casais falo sempre que a mulher torna mais homem o marido e o marido mais mulher sua esposa”. De fato, sublinhou o Pontífice, “nós homens aprendemos da complementaridade dos nossos pais a extraordinária beleza das mulheres e as mulheres de maneira semelhantes as características dos homens. As mães tem maior sensibilidade nalguns aspectos e os pais para outras. São diferenças a serem cultivadas e guardadas”.

 

Portanto, “a complementaridade e reciprocidade na diferença é muito importante para os filhos que amadurecem sua identidade no confronto entre as diferenças de pai e mãe”. “Após 50 anos de matrimônio, vejo que alguns maridos ainda têm gestos simples e intensos de carinho para com suas esposas. Têm nos olhos a luz da alegria de tantos anos de complementaridade e reciprocidade. Não têm medo das diferenças; este desafio enriquece”. “Se vos separais não perdeis o dever de ser pais. Não faleis mal um do outros. Os filhos, deste jeito, aprendem a hipocrisia, para se aproveitar um do outro”. Portanto, “jamais falar mal do outro parceiro aos filhos. Os filhos são as primeiras vítimas desta luta e deste ódio que permanece entre os dois. Os filhos são sagrados, não devem ser feridos. Dizei-lhes: ‘Olha papai e mamãe não se entendem. Pensam que seja melhor se separar, mas teu pai é um bom homem, ou tua mãe é uma boa mulher’”.

 

Resumindo: “lembrai o filme ‘Os filhos nos olham’! – destacou o Papa -. As crianças vos seguem e se percebem que mamãe e papai se amam crescem neste clima de amor, da felicidade e da segurança, sabem que podem contar com o amor do pai e da mãe”.

 

Sem a ajuda dos pais, para as paróquias a educação cristã é uma tarefa difícil, quase impossível “numa sociedade e numa cultura em que a fé não tem mais raízes”, admitiu o cardeal vicário Agostino Vallini, em sua saudação ao Papa na abertura do encontro dedicado ao tema da família, para se questionar sobre “um projeto pastoral” que seja mais “inovador, de saída, que procure o encontro com todos e saiba comunicar a mensagem essencial do Evangelho: a misericórdia e a ternura de Deus”.

 

De fato, “apaixona-nos o desafio de transmitir a fé às novas gerações, mas pouco, muito pouco, podemos fazer sem a presença e a cooperação dos pais, que por natureza e por graça são os primeiros educadores à vida e, portanto, também à vida de fé de seus filhos”. E isto acontece numa cidade como Roma, “testemunha e herdeira de uma história rica de fé, de cultura e de arte inspiradas no Evangelho”. Para o card. Vallini, “a iniciação não é a preparação aos sacrament6os, que envolve crianças e adolescentes e conhecer realidades novas e uma doutrina, é, - no entanto – vida cristã através dos sacramentos e a vida não pode ser fracionada, dividida em pedaços: precisa ser sempre vivida, não só quando se frequenta a paróquia”.

 

O Papa, por seu lado, como pastor, apresentou uma catequese sobre a família. “Amor, amor, amor, lembrai-vos disso! E que é bonito se vosso filho poderá dizer, como aquela criança, ‘que bonito, vi papai e mamãe se beijarem’”. Em sua reflexão, Papa Francisco falou do amor entre o homem e a mulher, do crescimento mútuo na diferença, do papel dos idosos, dos casais em crise e de como enfrentar as separações. E lembrou que em outubro haverá o Sínodo sobre a família, dedicado a estes temas. “Em Roma vivem mais de 600 mil avós que precisam ser respeitados e amados”. O Papa contou também o apólogo, já narrado numa recente audiência geral, de um avô afastado da mesa porque quando almoçava ou jantava sujava sempre a toalha e do netinho que prepara uma mesinha para seu pai e lhe explica:

 

“É para quando fores idoso tu!”.

 

SIR

 

Fonte: www.domtotal.com

 

 

Netmidia - Soluções Digitais©2014 - Todos os direitos Reservados a Diocese de Ji-Paraná
Fone: (69) 3416-4203 / 3416-4204
Av. Marechal Rondon, 400 - Centro - Ji-Paraná / RO - CEP: 76900-036
E-mail: [email protected]