Igreja sem Fronteiras, Mãe de todos

A Mãe que inclui com solicitude a diversidade das pessoas, culturas e povos.

19 de Junho de 2015

 

Com este tema tão sugestivo e emblemático, o Papa Francisco desenvolveu o conteúdo e as propostas relativas a mensagem para o dia mundial do migrante e do refugiado. Partimos da convicção de que Jesus é o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa (EG 209). Ele nos convida a cuidar das pessoas mais frágeis e reconhecer o seu rosto de sofrimento nas vitimas das novas formas de pobreza e escravidão.

 

Entre estas se contam sem dúvida, os migrantes e refugiados que devem enfrentar duras condições de vida e perigos de toda espécie. A Igreja fiel a Cristo estende seus braços para acolher todos os povos sem distinção de fronteiras, para anunciar o Deus Amor.

 

Ela é a Mãe de todos gerando filhos e filhas, com amor incondicional e universal, incluindo e incorporando com solicitude a diversidade das pessoas, culturas e povos. Ninguém deve ser considerado inútil, intruso ou descartável, todos tem lugar e vez na cultura do acolhimento e da solidariedade, vencendo bloqueios, medos e preconceitos. Não podemos sucumbir a tentação de nos mantermos a uma prudente distância das chagas do Senhor, (EG 270), deixando de lado as vitimas inocentes da violência e da exploração.

 

O caráter multiculturalista das sociedades de hoje nos encoraja no empenho da solidariedade, comunhão e evangelização para com os movimentos migratórios. A Igreja pode fazer muito ajudando a favorecer a passagem de uma atitude de defesa e medo, de desinteresse ou de marginalização, para uma atitude que tem por base a cultura do encontro, a única capaz de construir um mundo mais justo e fraterno.. É claro que a magnitude do fenômeno migratório exige uma colaboração sistemática, planejada e permanente, envolvendo Estados, OGNS, e toda comunidade nacional e internacional. Somente um trabalho em conjunto que desenvolva reciprocidade e sinergia poderá garantir e proteger os direitos dos migrantes e protegê-los do tráfico de pessoas, do atravessamento e exploração de mão de obra.

 

À globalização do fenômeno migratório é preciso responder com a globalização da caridade e da cooperação. Ao mesmo tempo é crucial empenhar-se num desenvolvimento e numa ordem mundial econômico financeira mais justa e equitativa a fim de diminuir a expulsão de contingentes inteiros de populações pela miséria e carência de condições humanas. Que a Sagrada Família exilada no Egito, o coração materno de Maria e o coração solícito de São José, lhes permita confiar sempre no Senhor que os ampara e nunca os abandona. Deus seja louvado!

 

CNBB 17-06-2015.
*Dom Roberto Francisco Ferreria Paz é bispo de Campos (RJ).

 

Fonte: www.domtotal.com

 

 

Netmidia - Soluções Digitais©2014 - Todos os direitos Reservados a Diocese de Ji-Paraná
Fone: (69) 3416-4203 / 3416-4204
Av. Marechal Rondon, 400 - Centro - Ji-Paraná / RO - CEP: 76900-036
E-mail: [email protected]