Padre Lombardi comenta encontro de oração no Vaticano

Porta-voz da Santa Sé falou sobre o encontro entre os presidentes de Israel e Palestina com o Papa Francisco e Bartolomeu I nos Jardins Vaticanos

09 de Junho de 2014

 

Da Redação, com Rádio Vaticano



“Encontro foi um ato de coragem”, diz Padre Lombardi /

 

“O Papa fala sempre da cultura do encontro: pois bem, o de ontem foi realmente um encontro entre as pessoas, sob o signo da fé”, destacou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, sobre o histórico encontro  dos Presidentes de Israel e Palestina, com o Papa Francisco,  nos Jardins Vaticanos, neste domingo, 8.

O Porta-voz comentou, em entrevista  à Rádio Vaticano, sobre o evento.

 

Padre Lombardi – O Papa Francisco, de acordo com os outros participantes deste encontro, quis dar um sinal muito forte de súplica a Deus, de abertura e, portanto, de um horizonte de empenho maior e diferente, a serviço da paz. E como dizia o Padre Custódio dois dias atrás, bem, talvez não eclodirá a paz, no sentido de que a situação não mudará de um dia para outro no Oriente Médio; porém, certamente as pessoas de boa vontade e as pessoas que acreditam em Deus deram uma contribuição nova, forte, com todas as suas forças, para implorar a ajuda da graça do Senhor ao dom da paz e à capacidade dos corações de se converterem a uma atitude diferente.

 

Rádio Vaticano - Além das palavras, impressionaram também os gestos?


Padre Lombardi- Certamente. Houve aperto de mãos e abraços sinceros; além da oliveira, que é um sinal clássico dos gestos, dos momentos em que se busca construir a paz. Em especial, o que impressionou, e que era muito desejado e aguardado, foi o abraço entre os dois presidentes, que foi um momento de “libertação” dos protagonistas, dos povos que desejam sinceramente a paz, porém, têm dificuldade em encontrar o caminho. Esta vontade foi bem manifestada pelos abraços de ontem.

 

Rádio Vaticano -  Esta manhã, a imprensa destacou a frase do Papa de ter “a coragem da paz”.


Padre Lombardi - O próprio encontro foi um ato de coragem, porque o realismo tímido leva ao desencorajamento diante de tantas falências que se encontram no caminho da paz. Mas o fiel é aquele que continua a olhar para Deus e dali tira a coragem de que necessita. Nós acreditamos que sempre seja possível algo de novo e isso pedimos a Deus e buscamos colocar-nos em caminho, com todas as nossas forças.

 

Rádio Vaticano – Qual a importância da presença de Bartolomeu I neste encontro?


Padre Lombardi - Bartolomeu deu este sinal do ecumenismo cristão. No fundo, não se deve esquecer que a noite de ontem foi, num certo sentido, a verdadeira conclusão da viagem à Terra Santa, porque era um evento lançado e preparado com esta peregrinação, em que Bartolomeu foi protagonista com Papa. Não é só o Francisco, com o seu carisma; não são somente os católicos, mas são todos os cristãos que se unem a todos os fiéis, judeus, e muçulmanos, ao buscar a paz desta região que é tão importante para todos. Por isso, foi importante também a presença do Patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo, o “primus” da comunidade cristã de Jerusalém, como também do Patriarca latino Twal.

 

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/

 

 

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