Liturgia Diária

DIA 12 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA SÃO JOSAFÁ BISPO E MÁRTIR (VERMELHO, PREFÁCIO COMUM OU DOS MÁRTIRES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

11 de Novembro de 2015

 

Leitura (Sabedoria 7,22-8,1)

Leitura do livro da Sabedoria.
7 22 Há nela, com efeito, um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, penetrante, puro, claro, inofensivo, inclinado ao bem, agudo,
23 livre, benéfico, benévolo, estável, seguro, livre de inquietação, que pode tudo, que cuida de tudo, que penetra em todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis.
24 Mais ágil que todo o movimento é a Sabedoria, ela atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza.
25 Ela é um sopro do poder de Deus, uma irradiação límpida da glória do Todo-poderoso; assim mancha nenhuma pode insinuar-se nela.
26 É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade.
27 Embora única, tudo pode; imutável em si mesma, renova todas as coisas. Ela se derrama de geração em geração nas almas santas e forma os amigos e os intérpretes de Deus,
28 porque Deus somente ama quem vive com a sabedoria!
29 É ela, com efeito, mais bela que o sol e ultrapassa o conjunto dos astros. Comparada à luz, ela se sobreleva,
30 porque à luz sucede a noite, enquanto que, contra a Sabedoria, o mal não prevalece.
8 1 Ela estende seu vigor de uma extremidade do mundo à outra e governa todas as coisas com felicidade.
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 118/119
É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
 
É eterna, ó Senhor, vossa palavra,
ela é tão firme e estável como céu.
 
De geração em geração, vossa verdade
permanece como a terra que firmastes.
 
Porque mandastes, tudo existe até agora;
todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!
 
Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina,
ela dá sabedoria aos pequeninos.
 
Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo
e ensinai-me vossas leis e mandamentos!
 
Possa eu viver e para sempre vos louvar;
e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!
Evangelho (Lucas 17,20-25)

 

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 17 20 os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: “O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo”.
21 Nem se dirá: “Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós”.
22 Mais tarde ele explicou aos discípulos: “Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis.
23 Então vos dirão: ‘Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali’. Não deveis sair nem os seguir.
24 Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia.
25 É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho
A MANIFESTAÇÃO DO REINO
No tempo de Jesus, eram fortes as expectativas do fim do mundo e da manifestação de Deus na história humana. A dominação estrangeira já se tornara insuportável. A falta de liberdade, certas atitudes abusivas das autoridades romanas, e o cansaço pela espera do fim geravam uma febre escatológica. Acabava-se por ver o Messias, em toda parte.
Certos grupos, de caráter apocalíptico, iam além. Chegavam a estabelecer calendários, calcular datas, determinar sinais indicativos da consumação dos tempos. É possível que suas descrições aterradoras de guerras, fome e pestes acabassem por gerar um clima de terror no coração das pessoas.
Os fariseus, por sua vez, pregavam o caminho da estrita observância da Lei e a penitência como a forma de melhor preparar-se para a chegada do Messias. Os essênios segregaram-se no deserto, às margens do Mar Morto, formando uma comunidade continuamente voltada para as purificações rituais, à espera do Messias vindouro.
Jesus procurou libertar os discípulos deste escatologismo inútil. Em primeiro lugar, porque o Reino de Deus já estava presente na história humana, na ação do Filho de Deus. Em tudo quanto fazia ou pregava, era o próprio Deus interpelando a humanidade. Em segundo lugar, porque, por ocasião da segunda vinda do Messias, todos haveriam de dar-se conta de sua chegada. Por conseguinte, qualquer preocupação a este respeito seria desnecessária.
 
 

 

Oração
Espírito de serenidade, diante da expectativa do Senhor que vem, mantém-me sereno, empenhado em viver o amor.
 

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOSAFÁ):
Tudo na vida de João Kuncewics aconteceu cedo e rápido. Nascido de família cristã ortodoxa da Ucrânia, em 1580, estudou filosofia e teologia. Aos vinte anos, tornou-se monge na Ordem de São Basílio, recebendo o nome de Josafá. Em pouco tempo, era nomeado superior do convento e, logo depois, arquimandrita de Polotsk. Com apenas trinta e sete anos, assumiu, embora a contragosto, o arcebispado de Polotsk. 

Dizem os escritos antigos que a brilhante carreira era plenamente justificada pelos seus dotes intelectuais e, principalmente, pelo exemplo de suas virtudes, obediência total à disciplina monástica e à prática da caridade. 

Exemplo disso foi quando, certa vez, sem ter como ajudar uma viúva que passava necessidades, penhorou o pálio de bispo para conseguir dinheiro e socorrê-la. 

Vivia-se a época do cisma provocado pelas igrejas do Oriente e Josafá foi um dos grandes batalhadores pela união delas com Roma, tendo obtido vitória em muitas das frentes de batalha. 

Josafá defendia com coragem a autoridade do papa e o fim do cisma, com a conseqüente união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus numa só Igreja, sob a autoridade de um único pastor. Sua luta incansável reconquistou muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos ao seio da Igreja. Embora outras igrejas do Oriente não o tenham seguido, foi uma vitória histórica e muito importante. 

Atuando dessa forma e tendo as origens que tinha, é evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamação, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação, chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos. Até mesmo avisou "as ovelhas do seu rebanho", como dizia, de que isso aconteceria. Mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar. 

Em uma das visitas às paróquias sob sua administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da comitiva foram massacradas. O arcebispo Josafá, então, apresentou-se aos inimigos perguntando porque matavam seus familiares se o alvo era ele próprio. Impiedosamente, a multidão maltratou-o, torturou-o, matou-o e jogou seu corpo em um rio. 

Tudo ocorreu no dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na Bielorússia. Seu corpo, depois, foi recuperado e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os próprios responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram convertendo-se, escapando da pena de morte. 

O papa Pio IX canonizou-o em 1876. São Josafá Kuncewics, considerado pelos estudiosos atuais da Igreja o precursor do ecumenismo que vivemos em nossos dias. 
 

 

Fonte: http://www.domtotal.com/

 

 

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