Dia 25 de Maio - Quarta-feira VIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia
25 de Maio de 2016
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
Pois reforçou com segurança as tuas portas
e os teus filhos em teu seio abençoou.
A paz em teus limites garantiu
e te dá como alimento a flor do trigo.
ele envia suas ordens para a terra,
e a palavra que ele diz corre veloz.
Anuncia a Jacó sua palavra,
seus preceitos, suas leis a Israel.
Nenhuma povo recebeu tanto carinho,
a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o Filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 32 estavam a caminho de Jerusalém e Jesus ia adiante deles. Estavam perturbados e o seguiam com medo. E tomando novamente a si os Doze, começou a predizer-lhes as coisas que lhe haviam de acontecer:
33 "Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e entregá-lo-ão aos gentios.
34 Escarnecerão dele, cuspirão nele, açoitá-lo-ão, e hão de matá-lo; mas ao terceiro dia ele ressurgirá.
35 Aproximaram-se de; Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu, e disseram-lhe: "Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te pedirmos."
36 "Que quereis que vos faça?"
37 "Concede-nos que nos sentemos na tua glória, um à tua direita e outro à tua esquerda."
38 "Não sabeis o que pedis, retorquiu Jesus. Podeis vós beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado?"
39 "Podemos", asseguraram eles. Jesus prosseguiu: "Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados no batismo em que eu devo ser batizado.
40 Mas, quanto ao assentardes à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim: o lugar compete àqueles a quem está destinado."
41 Ouvindo isto, os outros dez começaram a indignar-se contra Tiago e João.
42 Jesus chamou-os e deu-lhes esta lição: "Sabeis que os que são considerados chefes das nações dominam sobre elas e os seus intendentes exercem poder sobre elas.
43 Entre vós, porém, não será assim: todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo;
44 e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos.
45 Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos."
Palavra da Salvação.
O CÁLICE E O BATISMO DO MESSIAS
Os discípulos enganavam-se ao considerar Jesus como um Messias poderoso, disposto a restaurar o reino davídico no seu antigo esplendor. O interesse de Jesus superava a simples reversão da ordem político-social. Na qualidade de servidor, seu intento era recuperar o senhorio de Deus no coração humano, de maneira a começar aí a "revolução" que lhe interessava.
Ele estava destinado a beber não a copa dos reis, e sim, o cálice da solidariedade com a humanidade, destinada à morte por causa do pecado. Cálice de sofrimento, de amargura e tristeza, devido à violência, à injustiça e à maldade humanas. Cálice de dor e de abandono, porque cálice de morte violenta. Cálice bebido num contexto de serviço redentor da humanidade.
Também estava reservado para Jesus um batismo. Não mais de água, e sim, o de sangue a ser derramado na cruz. O batismo conclusivo do sua missão, diferente do batismo simbólico no Jordão, no início de seu ministério. Batismo em função dos pecadores a serem redimidos pela cruz.
Nisto consistia a glória de Jesus: servir como Servo sofredor, desprovido de grandezas humanas, mas revestido da glória concedida pelo Pai ao Filho fiel.
Oração
Espírito de redenção, faze-me compreender o ideal de Jesus: fazer-se servidor da humanidade, sem se deixar contaminar pela vanglória humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Todas as informações que temos sobre o extraordinário Beda foram escritas por ele mesmo no livro "História da Inglaterra", um dos mais raros e completos registros da formação do povo inglês antes do século VIII, narradas assim: "Eu, Beda, servo de Cristo e sacerdote, e monge do mosteiro de São Pedro e São Paulo, da Inglaterra, nasci neste país. Aos sete anos, fui levado ao mosteiro para ser educado pelos monges.
Desde então, passei toda a minha vida no mosteiro, e me dediquei sobretudo ao estudo da Sagrada Escritura. Além de cantar e rezar na Igreja, minha maior alegria foi poder dedicar-me a aprender, a ensinar e a escrever. Aos dezenove anos, recebi o diaconato e aos trinta, o sacerdócio. Todos os momentos livres eu os dediquei a buscar explicações da Sagrada Escritura, especialmente extraídas dos escritos dos santos Padres".
Além desses dados, podemos acrescentar ainda, com segurança, que Beda nasceu no ano 672, tendo sido educado e orientado espiritualmente pelo próprio são Bento Biscop, abade do mosteiro, que, impressionado com seus dons e inteligência, o tratava como próprio filho, na cidade de Wearmouth.
Cedo, Beda percebeu que um sermão podia ser ouvido por apenas algumas pessoas, mas podia ser lido por milhares delas e por muitos séculos. Por isso ele desejou escrever, e escreveu muito, sem se cansar, com cuidado e esmero no conteúdo e estilo, resultando em livros agradáveis de ler, verdadeiras obras literárias, sobre os mais variados temas, indo do teológico ao intelectual.
Ao todo, foram sessenta obras sobre teologia, filosofia, cronologia, aritmética, gramática, astronomia, música e até medicina. Beda gostava de aprender, por isso pesquisava e estudava; e também de ensinar, por isso escrevia e dava aulas. Ajudou a formar várias gerações de monges, que, atraídos pela linguagem simples, encantadora e acessível, eram dirigidos, por meio dessas matérias, para os ensinamentos de Deus.
O papa Gregório II chamou-o a Roma, para tê-lo como seu auxiliar, mas Beda implorou para permanecer na solidão do mosteiro, onde ficou até seus últimos momentos de vida. Só saiu por poucos dias para estabelecer as bases da Escola de York, na qual, depois, estudou e se formou o famoso mestre Alcuíno, fundador da primeira universidade de Paris.
Ainda em vida, era chamado de "venerável Beda", ou "Beda, o Venerável". Morreu com sessenta e três anos, na paz do seu mosteiro, em Jarrow, Inglaterra, no dia 25 de maio de 735. Muitos séculos depois, pelo imensurável serviço prestado à Igreja, o papa Leão XIII, em 1899, proclamou-o santo e doutor da Igreja. São Beda, único santo inglês que possui o título de doutor da Igreja, é celebrado no dia 25 de maio.
Fonte: www.domtotal.com