Dia 17 de Outubro - Segunda-feira SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA BISPO E MÁRTIR (Vermelho, Prefácio Comum ou dos Santos Ofício da Memória)
17 de Outubro de 2016
Leitura do livro da carta de são Paulo aos Efésios.
2 1 E vós outros estáveis mortos por vossas faltas, pelos pecados
2 que cometestes outrora seguindo o modo de viver deste mundo, do príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos rebeldes.
3 Também todos nós éramos deste número quando outrora vivíamos nos desejos carnais, fazendo a vontade da carne e da concupiscência. Éramos como os outros, por natureza, verdadeiros objetos da ira (divina).
4 Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou,
5 quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -,
6 juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus.
7 Ele demonstrou assim pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco, em Jesus Cristo.
8 Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus.
9 Não provém das obras, para que ninguém se glorie.
10 Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos.
Palavra do Senhor.
O Senhor mesmo nos fez e somos seus.
Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
Servi ao Senhor com alegria,
Ide a ele, cantando jubilosos!
Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
Ele mesmo nos fez, e somos seus,
Nós somos seu povo e seu rebanho.
Entrai por suas portas dando graças
E em seus átrios com hinos de louvor,
Dai-lhe graças, seu nome bendizei!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 13 disse-lhe então alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”.
14 Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse então ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”.
16 E propôs-lhe esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito.
17 E ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’.
18 Disse então ele: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.
19 E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te’.
20 Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão?’
21 Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”.
Palavra da Salvação.
UMA PREOCUPAÇÃO SECUNDÁRIA
A preocupação de quem insistiu com Jesus para que convencesse seu irmão a repartir com ele a herança não mereceu a atenção esperada. Era uma preocupação secundária, se confrontada com os interesses do Mestre.
A raiz do desentendimento familiar, em torno da repartição da herança, era o desejo de possuir e acumular bem materiais. Para Jesus, isso era pura insensatez.
A parábola do rico avarento serviu para ilustrar a inutilidade da riqueza. Afinal, para que serviu ao rico colocar toda a sua segurança nos bens acumulados, em grande quantidade, ao longo de muitos anos, e ser chamado a prestar contas a Deus, deixando sua fortuna ser desfrutada por outros? A riqueza ajudou-o em algo, quando estava em jogo a sua salvação?
As atenções de Jesus estão centradas no tema da partilha. Sua preocupação com os pobres e os deserdados deste mundo levava-o a motivar seus ouvintes a serem, também, sensíveis em relação a eles e a se predisporem a repartir os bens recebidos de Deus. A salvação constrói-se na saída de si mesmo para ir ao encontro do próximo, mormente dos mais necessitados, a fim de se tornar para eles instrumento da misericórdia divina.
Por conseguinte, o problema não está em possuir os bens deste mundo, mas sim, em deixar-nos cegar por eles, a ponto de nos tornar insensíveis ao sofrimento do próximo. Bem utilizados, eles podem ajudar-nos a chegar até Deus.
Oração
Pai, preserva-me do apego exagerado às riquezas, as quais me tornam insensível às necessidades do meu próximo. Que eu descubra na partilha um caminho de salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fonte: http://www.domtotal.com