Liturgia Diária

Dia 19 de Outubro - Quarta-feira XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

19 de Outubro de 2016

 

Leitura (Efésios 3,2-12)

 

Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.


3 2 Vós deveis ter aprendido o modo como Deus me concedeu esta graça que me foi feita a vosso respeito.
3 Foi por revelação que me foi manifestado o mistério que acabo de esboçar.
4 Lendo-me, podereis entender a compreensão que me foi concedida do mistério cristão,
5 que em outras gerações não foi manifestado aos homens da maneira como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas.
6 A saber: que os gentios são co-herdeiros conosco (que somos judeus), são membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Jesus Cristo pelo Evangelho.
7 Eu me tornei servo deste Evangelho em virtude da graça que me foi dada pela onipotente ação divina.
8 A mim, o mais insignificante dentre todos os santos, coube-me a graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável riqueza de Cristo,
9 e a todos manifestar o desígnio salvador de Deus, mistério oculto desde a eternidade em Deus, que tudo criou.
10 Assim, de ora em diante, as dominações e as potestades celestes podem conhecer, pela Igreja, a infinita diversidade da sabedoria divina,
11 de acordo com o desígnio eterno que Deus realizou em Jesus Cristo, nosso Senhor.
12 Pela fé que nele depositamos, temos plena confiança de aproximar-nos junto de Deus.
Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial Is 12

Com alegria bebereis do manancial da salvação.

Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo;
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.
com alegria bebereis do manancial da salvação.

E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor,
invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas,
entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.

Louvai, cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos,
publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião,
porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!”

 

Evangelho (Lucas 12,39-48)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44).

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

 

Naquele tempo, 12 39 disse Jesus: “Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa.
40 Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem”.
41 Disse-lhe Pedro: “Senhor, propões esta parábola só a nós ou também a todos?”
42 O Senhor replicou: “Qual é o administrador sábio e fiel que o senhor estabelecerá sobre os seus operários para lhes dar a seu tempo a sua medida de trigo?
43 Feliz daquele servo que o senhor achar procedendo assim, quando vier!
44 Em verdade vos digo: confiar-lhe-á todos os seus bens.
45 Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’, e começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
46 o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar e na hora em que ele não pensar, e o despedirá e o mandará ao destino dos infiéis.
47 O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes.
48 Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir”.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

PARA QUEM A PARÁBOLA?

 
            Pedro desejava saber para quem Jesus estava dirigindo a parábola do dono da casa e do ladrão: para o grupo de discípulos ou para todos os presentes? A conclusão da parábola do servo fiel e do servo infiel, contada logo em seguida, serve de pista para responder a esta preocupação. "A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi entregue, muito mais se pedirá". Bastava que os discípulos considerassem sua condição em relação a Jesus para saber a quem se destinava o ensinamento do Mestre.
            Quanto mais alguém se aproxima de Jesus e se deixa interpelar por ele, mais obrigação terá de colocar em prática os seus ensinamentos. Pelo contrário, quem aderiu a Jesus, mas leva uma existência preguiçosa e despreocupada, não agindo em conformidade com o projeto de Deus, tem sérios motivos para se inquietar. A hora do encontro com o Senhor pode chegar a qualquer momento. E esse discípulo tolo poderá ser encontrado despreparado, pondo a perder toda a sua vida.
            Os primeiros a serem visados pelas palavras de Jesus são os líderes das comunidades cristãs. Afinal, foi-lhes confiada a tarefa de guiar os irmãos na fé, exatamente por terem se deixado tocar pelo Reino, de forma radical. Sem isto, estariam incapacitados para esta missão tão delicada, e sua ação poderia ter o efeito contrário: afastar do Reino quem foi confiado a seus cuidados. Portanto, a liderança eclesial tem o dever de dar testemunho de uma fé robusta, que se expressa numa existência totalmente voltada para a misericórdia.


Oração
Pai, leva-me a tomar consciência de que muito será exigido de mim, pois muito me foi dado. Que minha vida seja compatível com minha condição de discípulo do teu Reino.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTOS JOÃO E ISAAC (Vermelho – Ofício da Memória)


No século XVII, a Companhia de Jesus participou da aventura pelos mares desconhecidos que levou à descoberta e colonização de um novo mundo: o continente americano. Nas expedições, os jesuítas garantiam a chegada da Palavra de Deus e os conhecimentos do cristianismo aos povos colonizados, e ao mesmo tempo davam apoio espiritual aos corajosos expedicionários durante as viagens. Comandantes, navegadores e marinheiros eram os portadores da civilização, enquanto os jesuítas tinham como bandeira a catequese.

 

Hoje, a Igreja busca um convívio harmonioso com as civilizações indígenas de todo o mundo, respeitando seus princípios culturais e religiosos. Mas até chegar a esse ponto, os conflitos entre formas de fé diferentes fizeram muitas vítimas, cujo sangue deve servir de ensinamento e profunda reflexão.

 

E se os conquistadores dizimaram populações locais, os primitivos moradores das três Américas também produziram muitos mártires entre os que viajavam com a palavra da paz e da salvação. A data de hoje foi incluída no calendário da Igreja para homenagear a memória do martírio de oito missionários jesuítas, todos de origem francesa: João de Brébeuf, chefe da missão, Isaac Jegues, Renato Goupel, João de Landi, Gabriel Lalmant, Antônio Daniel, Carlos Gurmier e Natal Chabanel. Esse grupo de mártires representa a primícia da santidade do continente norte-americano, envolta com o sangue do martírio.

 

Mas com certeza fazem parte da segunda geração de jesuítas e franciscanos enviados para a catequização, por isso adentraram bastante o continente. Eles estavam espalhados na selvagem região coberta por imensas florestas e grandes lagos, nos confins dos Estados Unidos com o Canadá. Os povos locais, conhecidos como "peles-vermelhas", eram formados pelas tribos guerreiras dos urões e dos iroqueses, que disputavam o território, mas que se uniam para resistir bravamente aos "homens brancos" invasores, vingando-se sangrentamente em todos os que lembrassem os inimigos, principalmente nos jesuítas, cuja única arma era a Palavra de Deus.

 

Foram torturados e mortos em diferentes datas, entre 1642 e 1649, num período de inquietação na vida da recente colônia americana, não só religiosa como também política. Deles, apenas as relíquias de João de Brébeuf e Gabriel Lalmant foram encontradas e levadas para Quebec, Canadá, por ser colônia francesa, onde até hoje estão expostas às orações dos devotos e peregrinos. As duas tribos responsáveis pelos crimes contra os missionários continuaram a guerrear entre si por muitos anos.

 

Até que os urões, quase exterminados pelos iroqueses, foram abrigar-se nas antigas missões de Santa Maria, que ainda se conservavam de pé e eram mantidas por jesuítas.

 

Lá, os mais de dois mil e setecentos indígenas tomaram conhecimento da palavra de Jesus, converteram-se e foram batizados. A colina onde foram assassinados padre Jegues e seus companheiros é chamada de "Montanha da Oração", e ainda hoje existe uma paróquia formada e mantida pelos urões católicos. Nos locais onde os outros morreram, outras igrejas foram construídas e destinadas à comunidade católica indígena

 

Fonte: http://www.domtotal.com

 

 

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