Dia 31 de Outubro - Segunda-feira XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do dia)
30 de Outubro de 2016
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 1 Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão,
2 completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos.
3 Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.
4 Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros.
5 Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
Senhor, meu coração não é orgulhoso,
nem se eleva arrogante o meu olhar;
não ando à procura de grandezas,
nem tenho pretensões ambiciosas!
Fiz calar e sossegar a minha alma;
ela está em grande paz dentro de mim,
como a criança bem tranqüila, amamentada*
no regaço acolhedor de sua mãe.
Confia no Senhor, ó Israel, ó Israel,
desde agora e por toda a eternidade!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 12 Jesus dizia ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão.
13 Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.
14 Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos”.
Palavra da Salvação.
AMOR DESINTERESSADO
A advertência de Jesus sobre a questão dos convidados para um almoço ou jantar propõe aos discípulos que passem de um amor egoísta a um amor gratuito e desinteressado, compatível com a condição de quem optou pelo Reino.
O convite dirigido aos amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos está baseado na reciprocidade. Quem oferece, cultiva o secreto desejo de ser retribuído. Se isto não acontece, as relações ficam estremecidas, quando não, rompidas pela "ingratidão". O amor alicerçado nesta base é desprovido de valor e de transcendência. Aliás, o tempo mostrará que se trata de um egoísmo velado, cujo interesse real são as conveniências do indivíduo.
No polo oposto coloca-se o convite dirigido aos pobres, aleijados, coxos e cegos, enfim, aos miseráveis deste mundo, desprovidos de bens para recompensar a gentileza recebida. O convite é motivado por uma generosidade verdadeira, na qual se busca o bem do próximo, esquecendo-se de si mesmo. Está fundado num amor que se dá por satisfeito quando vê o outro feliz, sem esperar nada em contrapartida. Pelo contrário, quando o outro é o pobre marginalizado, mais motivo ainda terá para alegrar-se ao fazer-lhe o bem.
A transcendência do amor desinteressado revelar-se-á quando o discípulo atravessar os umbrais da eternidade. Então, receberá a única retribuição indispensável, que nos é dada pelo Pai: a vida eterna.
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que vem de ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fonte: www.domtotal.com