Dia 18 de Novembro - Sexta-feira XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia)
17 de Novembro de 2016
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
10 8 Então a voz que ouvi do céu falou-me de novo, e disse: “Vai e toma o pequeno livro aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e a terra”.
9 Fui eu, pois, ter com o anjo, dizendo-lhe que me desse o pequeno livro. E ele me disse: “Toma e devora-o! Ele te será amargo nas entranhas, mas, na boca, doce como o mel”.
10 Tomei então o pequeno livro da mão do anjo e o comi. De fato, em minha boca tinha a doçura do mel, mas depois de o ter comido, amargou-me nas entranhas.
11 Então foi-me explicado: “Urge que ainda profetizes de novo a numerosas nações, povos, línguas e reis”.
Palavra do Senhor.
Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!
Seguindo vossa lei me rejubilo
muito mais do que em todas as riquezas.
Minha alegria é a vossa aliança,
meus conselheiros são os vossos mandamentos.
A lei de vossa boca, para mim,
vale mais do que milhões em ouro e prata.
Como é doce ao paladar vossa palavra,
muito mais doce do que o mel na minha boca!
Vossa palavra é minha herança para sempre,
porque ela é que me alegra o coração!
Abro a boca e aspiro largamente,
pois estou ávido de vossos mandamentos.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
19 45 Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os mercadores.
46 Disse ele: "Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões".
47 Todos os dias ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, porém, os escribas e os chefes do povo procuravam tirar-lhe a vida.
48 Mas não sabiam como realizá-lo, porque todo o povo ficava suspenso de admiração, quando o ouvia falar.
Palavra da Salvação.
UM COVIL DE LADRÕES
A situação em que se encontrava o templo de Jerusalém fez Jesus relembrar as palavras dos profetas do passado a respeito da sua função e da corrupção que se abateu sobre ele. O profeta Isaías havia anunciado a finalidade do templo: "casa de oração para todos os povos", por conseguinte, lugar do encontro dos filhos com o Pai, e não só de Israel mas também dos povos espalhados por toda a extensão da Terra. O profeta Jeremias, horrorizado com as abominações cometidas no espaço sagrado, comparou com um "covil de ladrões" o lugar onde o nome de Deus era invocado.
Sendo "casa de oração" não se justificava o comércio instalado no templo, no tempo de Jesus. Seria ingênuo pensar que, por se desenvolver no recinto do templo e ter a finalidade de prestar um serviço aos peregrinos vindos de longe, o comércio aí fosse imune das mazelas próprias desta atividade. Pelo contrário, auferiam-se lucros abusivos, o ideal de serviço desaparecera dando lugar à exploração, a sacralidade do templo foi violada pelo afã de fazer comércio. Por conseguinte, o culto prestado a Deus pelos peregrinos de boa-fé desenrolava-se em meio a toda sorte de vilipêndio dos seus sentimentos mais sagrados.
A atitude firme de Jesus, que chegou às raias da indignação, justifica-se pelo seu empenho de recuperar a verdadeira imagem de Deus, da antiga tradição teológica de Israel, e o verdadeiro sentido do espaço sagrado: ser lugar de oração.
Oração
Pai, dá-me a mesma coragem de teu Filho Jesus para combater toda sorte de aviltamento que se abate sobre teu templo santo, a pessoa humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Hoje celebramos a Dedicação dessas duas basílicas. No pontificado do papa Júlio II decidiu-se derrubar a velha igreja de São Pedro. Em 18 de abril de 1506, Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova igreja. O arquiteto Bramante desenhou um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega, com braços de idêntico tamanho, forma que correspondia aos ideais da Renascença. Os anos foram passando. Bramante foi sucedido por Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo.
O Papa Paulo III, em 1546, entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, já com 72 anos, ficou fascinado com o domo, concentrando nele seus esforoçs, mas não conseguiu completá-lo antes de sua morte, em 1564. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica.
O domo tem diâmetro de 42 metros e altura de 132,5 metros. Graças aos planos de Michelangelo e a um modelo em madeira, Giacomo della Porta foi capaz de terminá-lo, com ligeiras modificações. Terminado em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitetura ocidental. O papa Paulo V encarregou Carlo Maderno de aumentar a nave, criando uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada. O papa Urbano VIII dedicou a nova igreja em 18 de novembro de 1626, exatamente 1.300 anos depois da data em que a primeira basílica fora dedicada, e 126 anos após o inicio da nova construção.
Em 1629, Bernini começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruiram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde Bernini redesenhou a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edificios em um conjunto harmonioso. Os trabalhos terminaram quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado de Pio VI (1775-1799). A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas, a Igreja.
Ela cobre área de 23000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas. Segundo a tradição, também a Basilica de São Paulo foi construida sobre seu túmulo, que fica debaixo do altar maior, dito altar papal. Por esta razão houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, faz parte do itinerário jubilar para obter-se indulgência e ver celebrar a abertura da Porta Santa. Há uma estátua de São Paulo em frente à entrada da basílica. A construção tem 131,66 m de comprimento, largura de 65 m e altura de 29,70 m.
É também uma construção imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica do tempo de Costantino. A basílica, e todo o complexo anexo, como o claustro e o mosteiro, não fazem parte da República Italiana, mas são propriedades da Santa Sé, mesmo estado fora dos muros da cidade do Vaticano.
Fonte: http://www.domtotal.com