Liturgia Diária

Dia 21 de Fevereiro - Terça-feira VII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do dia)

21 de Fevereiro de 2017

 

Leitura (Eclesiástico 2,1-13)

 

Leitura do livro do Eclesiástico.
2 1 Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação;
2 humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade,
3 sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.
4 Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência.
5 Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação.
6 Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice.
7 Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais;
8 vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa.
9 Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria.
10 Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz.
11 Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido.
12 Pois quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi desprezada?
13 Pois Deus é cheio de bondade e de misericórdia, ele perdoa os pecados no dia da aflição. Ele é o protetor de todos os que verdadeiramente o procuram.


Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial 36/37

 

Entrega teu caminho ao Senhor, e o mais ele fará.

Confia no Senhor e faze o bem,
e sobre a terra habitarás em segurança.
Coloca no Senhor tua alegria,
e ele dará o que pedir teu coração.

O Senhor cuida da vida dos honestos,
e sua herança permanece eternamente.
Não serão envergonhados nos maus dias,
mas, nos tempos de penúria, saciados.

Afasta-se do mal e faze o bem,
e terás tua morada para sempre.
Porque o Senhor Deus ama a justiça
e jamais ele abandona os seus amigos.
Os malfeitores hão de ser exterminados,
e a descendência dos malvados destruída.

A salvação dos piedosos vem de Deus;
ele os protege nos momentos de aflição.
O Senhor lhes dá ajuda e os liberta,
defende-os e protege-os contra os ímpios
e os guarda porque nele confiaram.

 

Evangelho (Marcos 9,30-37)

 

Aleluia, aleluia, aleluia. 
Minha glória é a cruz do Senhor Cristo Jesus,
pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para este mundo (Gl 6,14).

 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
9 30 Tendo partido dali, atravessaram a Galiléia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse. E ensinava os seus discípulos: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e ressuscitará três dias depois de sua morte”. Mas não entendiam estas palavras; e tinham medo de lho perguntar. Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: “De que faláveis pelo caminho?” Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”. E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: “Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

HUMILHAÇÃO E GLÓRIA

 
            É chocante o contraste entre a declaração de Jesus e a preocupação dos discípulos. Enquanto Jesus os instruía a respeito da morte que iria enfrentar e de sua ressurreição, os discípulos discutiam sobre quem seria o maior entre eles.
            As palavras do Mestre fundavam-se numa visão realista da missão. Por um lado, percebia crescer a hostilidade de seus adversários, diante de seus ensinamentos contundentes e dos milagres que operava. Eles se davam conta de haver algo de extraordinário na ação de Jesus, mas preferiam atribuir a Belzebu a origem do seu poder. E se sentiam sempre mais incomodados com o que viam e ouviam. De outro lado, Jesus tinha consciência de estar agindo na mais total fidelidade ao Pai, e contava com sua proteção, certo de que jamais seria abandonado. Colocava, no Pai, a sua glória, de modo a não depender da aprovação humana.
            Pelo contrário, os discípulos pensavam poder contar com uma glória humana por pertencerem ao círculo dos amigos do Messias que estava para restaurar a realeza em Israel. A isto se devia a preocupação deles em garantir o primeiro lugar junto do Messias Jesus. Não estavam absolutamente sintonizados com o Mestre. Foi preciso que ele os instruísse sobre a maneira correta de atingir a verdadeira glória: fazer-se o último e o servo de todos. Este era o caminho que ele próprio estava trilhando.


Oração
Pai, tira do meu coração os ideais mundanos de glória, e coloca-me no verdadeiro caminho para ser glorificado por ti, fazendo-me servidor de todos.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO PEDRO DAMIÃO (Branco – Ofício da memória)


 

 

Santo do Dia / Comemoração (SÃO PEDRO DAMIÃO)

Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote. Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda.

 

Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência. Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.

 

Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato. A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates.

 

Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII. Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.

 

A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.

 

Fonte: www.domtotal.com

 

 

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