Dia 27 de Fevereiro - Segunda-feira VIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do dia)
27 de Fevereiro de 2017
Leitura do livro do livro do Eclesiástico.
17 20 Aos penitentes, porém, abre o caminho da justiça: conforta os desfalecidos, e conserva-lhes a verdade como destino.
21 Converte-te ao Senhor, abandona os teus pecados.
22 Ora diante dele e diminui as ocasiões de pecado.
23 Volta para o Senhor, afasta-te de tua injustiça, e detesta o que causa horror a Deus.
24 Conhece a justiça e os juízos de Deus; permanece firme no estado em que ele te colocou, e na oração constante ao Altíssimo.
25 Anda na companhia do povo santo, com os que vivem e proclamam a glória de Deus.
26 Não te detenhas no erro dos ímpios, louva a Deus antes da morte;
27 após a morte nada mais há, o louvor terminou. Glorifica a Deus enquanto viveres; glorifica-o enquanto tiveres vida e saúde; louva a Deus e glorifica-o em suas misericórdias.
28 Quão grande é a misericórdia do Senhor, e o perdão que concede àqueles que para ele se voltam!
Palavra do Senhor.
Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Feliz o homem que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado
e em cuja alma não há falsidade!
Eu confessei, afinal, meu pecado
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: “Eu irei confessar meu pecado!”
E perdoastes, Senhor, minha falta.
Todo fiel pode, assim, invocar-vos
durante o tempo da angústia e aflição,
porque, ainda que irrompam as águas,
não poderão atingi-lo jamais.
Sois para mim proteção e refúgio;
na minha angústia me haveis de salvar
e envolvereis a minha alma no gozo
da salvação que me vem só de vós.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 17 tendo Jesus saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?"
18 Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom.
19 Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe."
20 Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade."
21 Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
22 Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens.
23 E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!"
24 Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas!
25 É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus."
26 Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: "Quem pode então salvar-se?"
27 Olhando Jesus para eles, disse: "Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível.
Palavra da Salvação.
UMA EXIGÊNCIA RADICAL
Para ser discípulo do Reino não basta contentar-se com o mínimo exigido de todos. O Reino desafia o seguidor de Jesus a ir sempre além. Quer, a todo custo, constituir-se em absoluto na vida do discípulo. Existe sempre um mais a ser realizado, um desapego maior a ser feito, um gesto de maior generosidade a ser concretizado.
Em vão, Jesus desafiou o homem rico a dar o passo na direção do mais. Este pautara sua vida pela piedade tradicional, e foi sincero ao afirmar ter buscado pôr em prática, desde sua juventude, os mandamentos do Decálogo. O encontro com Jesus confrontou-o com uma proposta radical: desapegar-se de sua riqueza, dar o dinheiro aos pobres e pôr-se no seguimento do Mestre. Em troca, haveria de receber de Deus um tesouro imperecível. O homem, porém, não teve coragem suficiente para fazer a ruptura exigida por Jesus e retirou-se triste e melancólico.
No horizonte do discípulo do Reino, desponta sempre a possibilidade do mais. Este confronto contínuo mantém-no em um permanente dinamismo, cuja meta é o Pai. Quando o mais deixa de ser entrevisto, a vida do discípulo se empobrece e se reduz a uma existência medíocre e acomodada. Urge reconhecer a coisa que ainda falta e se munir de coragem para realizá-la. Caso contrário, a entrada no Reino de Deus torna-se inviável.
Oração
Senhor Jesus, tenha eu coragem bastante para realizar o que ainda me falta para concretizar minha condição de discípulo do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fonte: http://www.domtotal.com