XVII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia)
02 de Agosto de 2019
Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36)
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do Levítico.
23 1O Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte: 4"Eis as festas do Senhor, santas assembléias que anunciareis no devido tempo.
5No primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, entre as duas tardes, será a Páscoa do Senhor.
6E no décimo quinto dia desse mês, realizar-se-á a festa dos Pães sem Fermento em honra do Senhor: comereis pães sem fermento durante sete dias.
7Tereis no primeiro dia uma santa assembléia, e não fareis nenhum trabalho servil.
8Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No sétimo dia haverá uma santa assembléia; e não fareis trabalho algum servil".
9O Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte:
10 quando tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, e fizerdes a ceifa, trareis ao sacerdote um molho de espigas como primícias de vossa ceifa.
11O sacerdote agitará esse molho de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: fará isso no dia seguinte ao sábado.
15"A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o molho para ser agitado, contareis sete semanas completas.
16Contareis cinqüenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta.
27"No décimo dia do sétimo mês será o dia das Expiações. Tereis uma santa assembléia: humilhareis vossas, almas e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo.
34 No décimo quinto dia do sétimo mês, celebrar-se-á a festa dos Tabernáculos durante sete dias, em honra do Senhor.
35No primeiro dia haverá uma santa assembléia: não fareis nenhum trabalho servil.
36Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa assembléia e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. Será uma assembléia solene: não fareis trabalho algum servil.
37Estas são as solenidades do Senhor que anunciareis para haver santas assembléias, para oferecer ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo, holocaustos, oblações, vítimas e libações, cada coisa em seu dia.
Palavra do Senhor.
Exultai no Senhor, nossa força.
Cantai salmos, tocai tamborim,
harpa e lira suaves tocai!
Na lua nova soai a trombeta,
na lua cheia, na festa solene!
Porque isso é costume em Jacó,
um preceito do Deus de Israel;
uma lei que foi dada a José,
quando o povo saiu do Egito.
Em teu meio não exista um deus estranho,
nem adores a um deus desconhecido!
Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor,
que da terra do Egito te arranquei.
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor permanece eternamente, e esta é a palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 54Jesus foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: "Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa?
55Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
56E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso?"
57E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: "É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado".
58E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres.
Palavra da Salvação.
DONDE LHE VEM ESTA SABEDORIA?
As interrogações levantadas pelo povo de Nazaré, a respeito de Jesus, já tinham, de antemão, uma resposta. Tendo Jesus saído do meio deles, era impossível que tivesse poderes divinos, como sua sabedoria e seus milagres deixavam transparecer. Não dava para combinar o fato de Jesus ser um nazareno e, ao mesmo tempo, ter sido autorizado a realizar as obras de Deus.
Com isto os nazarenos não negavam que Deus pudesse intervir na história humana. Afinal, ele interviera continuamente na história de Israel, a partir da libertação do Egito por intermédio de Moisés. Os conterrâneos de Jesus estavam recusando-se a aceitar que Deus estivesse agindo a partir da família deste jovem de Nazaré. Isto não se enquadrava nos esquemas de esperança messiânica da época, segundo os quais, embora sendo homem, o Messias não assumiria as condições que Jesus apresentava. Faltavam-lhe grandeza e dignidade! Sua condição de filho de carpinteiro e de homem do povo depunham contra ele. Em suma, não tinha gabarito nem credenciais para a missão que estava realizando.
O pecado dos nazarenos consistiu em querer enquadrar Deus em seus curtos esquemas mentais. Como em Jesus Cristo Deus agiu à revelia das esperanças em voga, eles perderam a chance de acolher o Messias. Procuraram longe, aquele que estava bem perto!
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos da vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes sagrados mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum de seus favores! (Sl 102,2)
Recebemos, ó Deus, este sacramento, memorial permanente da paixão do vosso filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Fonte: Portal Dom Total - Liturgia Diária