Liturgia Diária

DIA 14 DE OUTUBRO - TERÇA-FEIRA XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM * (VERDE – OFÍCIO DO DIA)

14 de Outubro de 2014

 

Leitura (Gálatas 5,1-6)
Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas. 
5 1 É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão. 
2 Eis que eu, Paulo, vos declaro: se vos circuncidardes, de nada vos servirá Cristo. 
3 E atesto novamente, a todo homem que se circuncidar: ele está obrigado a observar toda a lei. 
4 Já estais separados de Cristo, vós que procurais a justificação pela lei. Decaístes da graça. 
5 Quanto a nós, é espiritualmente, da fé, que aguardamos a justiça esperada. 
6 Estar circuncidado ou incircunciso de nada vale em Cristo Jesus, mas sim a fé que opera pela caridade. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 118/119
Senhor, que desça sobre mim a vossa graça! 

Senhor, que desça sobre mim a vossa graça 
E a vossa salvação que prometestes! 

Não retireis vossa verdade de meus lábios, 
Pois eu confio em vossos justos julgamentos! 

Cumprirei constantemente a vossa lei; 
Para sempre, eternamente a cumprirei! 

É amplo e agradável meu caminho, 
Porque busco e pesquiso as vossas ordens. 

Muito me alegro com os vossos mandamentos, 
Que eu amo, amo tanto, mais que tudo! 

Elevarei as minhas mãos para louvar-vos 
E com prazer meditarei vossa vontade.
Evangelho (Lucas 11,37-41)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
Naquele tempo, 11 37 enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. 
38 Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. 
39 Disse-lhe o Senhor: "Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! 
40 Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? 
41 Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM CASO DE INSENSATEZ
 
Certas atitudes dos fariseus deixavam Jesus irritado. Entre elas, a preocupação exagerada com a pureza ritual, sem a correspondente pureza do coração. Nem o dever de "boa educação" impedia o Mestre de denunciar esta perigosa defasagem. Assim, o fariseu que o convidara para almoçar em sua casa recebeu a merecida censura, por querer impor-lhe seus esquemas.
O anfitrião considerou grave o fato de Jesus não ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os fariseus eram escrupulosos na observância desse rito. Procuravam evitar qualquer contato contaminador, e multiplicavam as abluções para ver-se livres de eventuais impurezas.
No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem lavados, se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste descompasso, de forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age assim, ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus tornar-se-ão inúteis.
Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez purificado o coração, tudo o mais se torna puro.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO CALISTO I 
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Santo do Dia / Comemoração (SÃO CALISTO I):

"Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências." A frase conclusiva é do papa Calisto I, ao se posicionar no combate às idéias heréticas, surgidas dentro do clero, que iam contra a Igreja. Calisto entendia muito bem de penitência. Na Roma do século II, ele nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, sua sina de sofrimento continuou. Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, mas decidiu fugir, indo refugiar-se em Portugal. Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e punido com trabalhos forçados. Porém foi nessa prisão que sua vida se iluminou. Nas minas da Sardenha, ele tinha contato direto com os cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança em Cristo, Calisto se converteu. Depois de alguns anos, os cristãos foram indultados e Calisto retornou à vida livre, indo estabelecer-se na cidade de Anzio, onde adquiriu reconhecimento dos cristãos, como diácono. Quando o papa Zeferino assumiu o governo da Igreja, chamou o diácono para trabalhar com ele. Deu a Calisto várias missões executadas com sucesso. Depois o nomeou responsável pelos cemitérios da Igreja. Chamados de catacumbas, esses cemitérios subterrâneos da via Ápia, em Roma, tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem seus mortos, as catacumbas serviam, também, para cerimônias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto começou suas escavações, organizou-as e valorizou-as. Nelas mandou construir uma capela, chamada Cripta dos Papas, onde estão enterrados quarenta e seis pontífices e cerca de duzentos mil mártires das perseguições contra os cristãos. Com a morte do papa Zózimo, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de escravo. Hipólito, um dos grandes teólogos do catolicismo e pensadores da época, era o principal deles. Hipólito tinha um entendimento diferente sobre a Santíssima Trindade e desejava que determinados pecados não fossem perdoados. Entretanto o papa Calisto I manteve-se firme na defesa da Igreja, rompendo com Hipólito e seus seguidores, respondendo a questão com aquela frase conclusiva. Anos depois, Hipólito reconciliar-se-ia com a Igreja, tornado-se mártir da Igreja por não negar sua fé em Cristo. O papa Calisto I governou por seis anos. Nesse período, concluiu o trabalho nas catacumbas romanas, conhecidas, hoje, como as catacumbas de são Calisto. Em 222, ele se tornou vítima da perseguição, foi espancado e, quase morto, jogado em um poço. No local, agora, acha-se a igreja de Santa Maria, em Trastevere, que guarda o seu corpo, em Roma.  

 

 

Fonte: http://www.domtotal.com.br/

 

 

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