Liturgia Diária

DIA 10 DE NOVEMBRO - SEGUNDA-FEIRA SÃO LEÃO MAGNO PAPA E DOUTOR (BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

09 de Novembro de 2014

 

Leitura (Tito 1,1-9)
Leitura da Carta de são Paulo a Tito. 
1 1 Paulo, servo de Deus, apóstolo de Jesus Cristo para levar aos eleitos de Deus a fé e o profundo conhecimento da verdade que conduz à piedade, 
2 na esperança da vida eterna prometida em tempos longínquos por Deus veraz e fiel, 
3 que na ocasião escolhida manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por ordem de Deus, nosso Salvador, 
4 a Tito, meu verdadeiro filho em nossa fé comum: graça e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, nosso Salvador! 
5 Eu te deixei em Creta para acabares de organizar tudo e estabeleceres anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei. 
6 (Devem ser escolhidos entre) quem seja irrepreensível, casado uma só vez, tenha filhos fiéis e não acusados de má conduta ou insubordinação. 
7 Porquanto é mister que o bispo seja irrepreensível, como administrador que é posto por Deus. Não arrogante, nem colérico, nem intemperante, nem violento, nem cobiçoso. 
8 Ao contrário, seja hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, 
9 firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares,
e, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime.

Sobre este desce a bênção do Senhor
e a recompensa de seu Deus e salvador.
É assim a geração dos que o procuram,
e do Deus de Israel buscam a face”.
Evangelho (Lucas 17,1-6)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
17 1 Jesus disse também a seus discípulos: "É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem eles vêm! 
2 Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos. 
3 Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe. 
4 Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás". 
5 Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta-nos a fé!" 
6 Disse o Senhor: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: ‘Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá’".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
RECONCILIAÇÃO E PERDÃO
 
A comunidade cristã não é feita de pessoas santas ou incapazes de pecar. Pelo contrário, comporta, entre seus membros, gente afetada pelo egoísmo e sempre disposta a romper os laços fraternos, que mantém a unidade entre os cristãos. Uma comunidade esfacelada é o pior contratestemunho do Reino que possa existir. É uma declaração tácita de que o amor é impraticável, e a força do egoísmo, inexorável.
Daí a exigência de o cristão se predispor, continuamente, a refazer os laços rompidos. Capitular seria um gesto anticristão, incompatível com as exigências do Reino.
A reconstrução da comunidade cindida pela inimizade processa-se num duplo movimento: o reconhecimento do pecado, por parte de quem ofende o irmão, e a oferta de perdão, por parte de quem foi ofendido. É uma questão de boa vontade e de se deixar mover pela graça. 
Quem peca, deve ter consciência de suas faltas e das conseqüências negativas para a comunidade. O passo seguinte consiste em ser capaz de declarar-se arrependido e pedir perdão. É preciso ter a humildade de refazer este mesmo caminho, quantas vezes forem necessárias. 
Quem foi vítima da ofensa alheia, deve estar sempre pronto a perdoar, sem conservar ressentimento ou rancor no coração. Reconhecendo que o pecado resulta da fraqueza humana, terá para com o pecador arrependido a mesma paciência de Deus.

Oração
Espírito de reconciliação, mantenha meu coração aberto tanto para pedir perdão, quanto para oferecê-lo a quem tiver ofendido.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Santo do Dia / Comemoração (SÃO LEÃO MAGNO):
Eleito com o nome de Leão I, foi um dos maiores pontífices da história do cristianismo, embora pouco se saiba sobre sua vida antes de ocupar a Cátedra de Pedro. É venerado por sua profunda sabedoria, suas extraordinárias virtudes e sua brilhante direção, como relatam os historiadores e teólogos. 

Leão nasceu por volta do ano 400, na região da Toscana, onde está situada a cidade de Roma. Tornou-se sacerdote muito jovem e fez carreira consolidada num trabalho brilhante. Em 430, já era arcediácono e depois foi conselheiro dos papas Celestino I e Xisto III. Era tão respeitado e conceituado que, após a morte deste último papa, foi eleito para substituí-lo Com o título de Leão I, assumiu o governo da Igreja em agosto do ano 440. 

Eram tempos difíceis. Por um lado, o Império Romano esfacelava-se e já não conseguia conter as hordas de bárbaros que invadiam e saqueavam seus domínios. Por outro lado, a Igreja enfrentava divisões e dissidências doutrinárias em seu interior. Um panorama tão sombrio que só não levou o Ocidente ao caos por causa da atuação de Leão I nos dois terrenos: o espiritual e o material. 

Na esfera espiritual, ele permaneceu firme, defendendo as verdades do catolicismo diante das grandes heresias que sacudiram o século V, e atuou participando de discussões, encontros e concílios. Foi nessa época que escreveu um dos documentos mais importantes para a fé: a "Carta dogmática a Flaviano", o patriarca de Constantinopla, defendendo as posições ortodoxas do cristianismo. "Pedro falou pela boca de Leão", diziam os sacerdotes da Igreja que acabavam concordando com os argumentos. Estão guardados mais de cem dos seus sermões, além de cento e quarenta e três cartas contendo ensinamentos sobre a fé cristã, seguidos e respeitados ainda hoje. 

Já no plano material, era o único que poderia conseguir, graças ao seu prestígio e à sua eloqüência, que o terrível rei Átila, comandante dos bárbaros hunos, não destruísse Roma e a Itália. A missão poderia ser fatal, pois Átila já invadira, conquistara e destruíra a ferro e fogo o norte do país. Mesmo assim Leão I foi ao seu encontro e saiu vitorioso da situação. Mais tarde, foi a vez de conter os vândalos, que, liderados pelo chefe bárbaro Genserico, entraram em Roma. Só não atearam fogo à Cidade Eterna e não dizimaram sua população graças à atuação do grande pontífice. 

Não existem relatos sobre os seus últimos dias de vida. O livro dos papas diz que Leão I governou vinte e um anos, um mês e treze dias. Faleceu no dia 10 de novembro de 461 e foi sepultado na Basílica de São Pedro, em Roma. O papa Bento XIV proclamou-o doutor da Igreja em 1754. Leão I foi o primeiro papa a receber o título de "o Magno". 
 

 

Fonte: http://www.domtotal.com.br/

 

 

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