Encontrando o sepulcro vazio

ressurreição é um dom de Deus para conservar o ideal de libertação.

05 de Abril de 2015

 

A Festa da Páscoa, a mais importante no cenário cristão, é consequência de uma longa história de preparação e de fatos marcantes acontecidos na vida de Jesus Cristo. A expressão maior se deu na cruz. Ao morrer, Jesus é depositado num sepulcro vazio, cedido por um homem rico da região, chamado José de Arimateia. No dia seguinte, foram ao lugar e encontraram a pedra do sepulcro removida e o corpo do Senhor não estava ali.

 

Aí começa um novo cenário. Os guardas disseram que o corpo tinha sido roubado. A finalidade era de desviar a atenção dos discípulos, porque eles mesmos não sabiam o que tinha acontecido, porque o sepulcro estava vazio. Mas tudo se esclarece com a comprovação das diversas aparições de Jesus, agora ressuscitado, para as primeiras comunidades que tinham convivido com Ele.

 

A grandeza de Jesus Cristo chega ao nível de sua identificação com o ser humano, inclusive passando pela sepultura, experimentando o maior grau de rebaixamento da criatura humana. Nisso está a força da vida, o total esvaziamento de si mesmo, possibilitando o ingresso na vida eterna, que passa pelo caminho da morte. Em Cristo está a força total de libertação.

 

A passagem de Jesus pelo sepulcro representou, para os discípulos, um forte momento de frustração, de promessa não realizada e de aliança não cumprida. O projeto de libertação que o povo esperava caiu em decadência. Acontece que Deus não falha e acompanha a trajetória das pessoas e das comunidades. Jesus tinha ressuscitado.

 

Com isto, vivenciar a Páscoa significa retomar a alegria e a esperança dificultadas pelo sepulcro vazio. Nela está o centro da fé cristã, a superação de todo individualismo que massacra o ser humano e o coloca numa atitude de impotência para agir com total liberdade.

 

Todos os limites e impossibilidades que a pessoa tem são como armadilhas para dificultar sua plena realização. A ressurreição é um dom de Deus para conservar o ideal de libertação e possibilitar a pessoa de amar e ser feliz numa dimensão de vida eterna.

 

*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

 

Fonte: http://www.domtotal.com/

 

 

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